“É triste tudo que a gente tem virar escombros”, diz moradora de prédio demolido em Iconha
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A comerciária Cristina Almeida, de 30 anos, se emocionou ao encontrar o prédio, onde ela vivia com o marido e duas filhas, demolido. A família residia em apartamento alugado no terceiro pavimento do edifício, que tinha o térreo e mais três andares.
“É triste ver tudo que a gente possui, móveis, eletrodomésticos, virar escombros”, lamentou Cristina.
Segundo ela, no dia que o prédio apresentou as rachaduras, ela não estava no prédio. No dia seguinte foi ao local tentar retirar seus pertences, mas foi impedida pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
Mesmo sem autorização, ela retornou mais tarde e retirou alguns pertences, como documentos, roupas e utensílios domésticos. Mas a maior parte de seus bens permaneceu na edificação. No prédio, além dela, viviam o dono do edifício e sua família no primeiro andar e outra inquilina no segundo. O térreo, que já chegou a abrigar o Ministério Público, estava atualmente vazio.
“Sei que são somente bens materiais, mas é difícil recomeçar. Não é da noite para o dia que a gente vai se reerguer. O prédio era muito bom, o apartamento também. Os donos são excepcionais. Estou com o coração partido”, disse.
A Demolição do Prédio
O prédio de 4 andares localizado às margens do Rio Iconha foi demolido depois de mais de 6 horas de trabalho por operários de uma empresa contratada pela Defesa Civil Estadual. O edifício estava condenado desde o dia 18 deste mês, após a cidade de Iconha ser atingida por uma forte enchente.
A demolição ocorreu na tarde desta quarta-feira (29). A edificação foi condenada pela Defesa Civil Estadual após apresentar trincas em sua fundação. Desde a chuva, a rua Vergílio Souza e casas perto do prédio estavam interditadas.
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