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Cidades

Dr. João: “A medicina salvou a minha vida aos nove anos”

O médico e colunista de A Tribuna completa 70 anos de vida com muita vitalidade, paixão pela profissão e sem medo de envelhecer


Imagem ilustrativa da imagem Dr. João: “A medicina salvou a minha vida aos nove anos”
Médico diz que uma das vantagens de envelhecer é ter rotina sem pressa |  Foto: Arquivo / A Tribuna

Envelhecer pode ser problema para muitas pessoas, mas não para o gastroenterologista e clínico geral João Evangelista Teixeira Lima. 

Ele acaba de completar 70 anos de vida e já são 44 de profissão e cheio de vitalidade. Como ele mesmo diz, com uma voz alta e amorosa: “As pessoas não querem envelhecer, mas a outra opção é morrer”. E segue com uma gargalhada.

Apaixonado pela profissão desde os 9 anos - quando ficou entre a vida  a morte -, ele conta que foi a medicina quem o salvou, e hoje toda a sua carreira é uma retribuição.

Em seu aniversário, o médico conta que uma das vantagem de envelhecer é  ter uma rotina sem pressa e que, com isso, pode usar o tempo para estudar. 

Conhecimento esse que ele compartilha há 13 anos com os leitores do jornal A Tribuna em suas crônicas na coluna “Doutor João Responde”, que sai todas as terças há 13 anos.

Em seu currículo, além de duas especializações médicas,  o médico tem um quadro na TV Tribuna,  SBT, onde vai à rua conversar com as pessoas e tirar dúvidas de saúde. Por causa da pandemia, o programa foi suspenso, mas o Doutor João não vê a hora de voltar. 

A Tribuna - Como começou esse desejo de cuidar das pessoas? 

João Evangelista  - Se tivesse de começar de novo, faria tudo do mesmo jeito. Não fiz Medicina por vaidade, para ganhar prestígio ou dinheiro. Fiz para retribuir. 

Quando  tinha 9 anos, furei o pé em um prego enferrujado. Minha mãe me colocou no ônibus e me levou até o Hospital da Santa Casa, no centro de Vitória. O médico me deu soro antitetânico. 

Quando estava descendo a ladeira do hospital, tive choque anafilático. Minha garganta fechou e falei com uma mãe que  não estava conseguindo respirar. Me levaram a tempo para o CTI e passei a noite entre a vida e a morte.  Senti que realmente ia morrer. 

De manhã, o médico chegou perto de mim  e falou: ‘É alemãozinho, você é duro na queda’. Eu, criança, olhava para ele e parecia que era um  anjo.  Nesse momento,  comecei a considerar  a  medicina uma coisa muito sagrada. 

A medicina salvou a minha vida aos 9 anos, e hoje, aos 70, continuo muito grato a ela.

Quem é João Evangelista Teixeira Lima

- Médico gastroenterologista e clínico geral.

- Colunista  do jornal A Tribuna há 13 anos  na coluna “Doutor João Responde”.   

- Formado em Medicina pela Emescam, em 1978. Especializou-se em Gastroenterologia na PUC-RJ. 

- Foi servidor estadual da Secretaria de Estado da Saúde por 36 anos e outros 35 como servidor municipal da Prefeitura de Vila Velha.

- Apaixonado por piano.

Pensa em se aposentar?

Enquanto eu estiver com saúde, vou continuar trabalhando. Me aposentei no Estado, onde fui médico da secretaria de Saúde durante 36 anos. Me aposentei também pela Prefeitura de Vila Velha, onde  trabalhei 34 anos.  Hoje, continuo no meu consultório todos os dias na parte da manhã, sem pressa. 

Hoje, não engulo a ciência sem mastigar. Mastigo bastante aquilo que sei, que consulto, que vivencio,  para depois engolir. Tenho mais tempo, analiso melhor os pacientes. Penso, paro e  reflito. 

A velhice tem essa vantagem: a gente não tem pressa. Muito pelo contrário, vamos correr para quê? Para adiantar um tempo que já é tão curto?

De manhã, estou no consultório, e o restante do dia, dedico as minhas crônicas, que tenho toda honra  de sair na minha coluna  no jornal A Tribuna.  Estudo, toco piano. Ele é  uma fonte de lazer para mim.

O que o senhor gosta mais na sua rotina?

 É, sem dúvida, ouvir a frase: “Doutor,  eu melhorei”.  Para mim, é a coisa mais gratificante devolver à saúde ao paciente, a capacidade dele continuar vivendo bem.

E quanto à família?

De tanto namorar, esqueci de casar. Casei com a medicina, com a cultura, com a música. Com isso, o tempo foi passando e, só depois, a ficha caiu. Hoje sinto falta disso, sinto falta de uma família. 

Do ponto de vista social, profissional, financeiro, me considero uma pessoa realizada. Mas  em relação à  família,  sinto uma falhazinha, ficou faltando alguma coisa.

Tem sonhos, viagens que ainda quer fazer e realizar?

Estava pensando nisso. Quando terminar a pandemia,  quero  fazer uma viagem à Europa. Gostaria de visitar o passado, museus, teatros, frequentar salas de música com grandes orquestras sinfônicas.  Sempre fui uma pessoa muito ligada à cultura.

Então, se não fosse médico seria músico?

Talvez. Meu pai era músico,  tocava um instrumento muito curioso chamado bombardino na banda de música do exército.   E minha mãe cantava no coral  da igreja. Então, a minha família sempre foi muito musical. Cheguei a dar aulas de música, mas a Medicina atrapalhava. 

O que deseja de presente de aniversário?

A  gente sempre pede no aniversário saúde, não é verdade?  Agora,  eu na qualidade de médico,  desejo a saúde dos meus pacientes e a minha. Porque uma depende da outra. Se meu paciente está bem, eu também me sinto bem. 

Eu me considero uma pessoa abençoada. Desejo que eu continue assim, abençoado.

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