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Cidades

“Dormir bem é crucial para a saúde na adolescência”, afirma professor

Tão importante quanto uma boa alimentação e prática de exercícios físicos, o sono é necessário para a saúde e o aprendizado dos adolescentes


Imagem ilustrativa da imagem “Dormir bem é crucial para a saúde na adolescência”, afirma professor
Felipe Beijamini destaca necessidade de discutir mudança nos horários. |  Foto: © Divulgação

Tão importante quanto uma boa alimentação e prática de exercícios físicos, o sono é necessário para a saúde e o aprendizado dos adolescentes. 

Professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (Santa Catarina) e conselheiro do comitê de Cronobiologia da Associação Brasileira do Sono, Felipe Beijamini enfatizou a necessidade de discutir com sociedade e  comunidade escolar a mudança nos horários de aulas. 

“Dormir bem é crucial para a saúde na adolescência”

A Tribuna – Por que mudar o horário das aulas  e por que há  resistência?

Felipe Beijamini – Esse é um tema  que altera a forma como  nossa sociedade se organiza, assim como  as famílias,  horários de trabalho, carga horária de professores e de toda gestão escolar. Entendemos que é uma discussão complexa, mas  do ponto de vista biológico não tem sentido adolescentes estarem em sala de aula  às 7h, 7h15. Não é possível que eles durmam  suficiente com esse horário.

É um problema da modernidade, com excesso de telas, que faz com que durmam  tarde?

Não. A gente tende a pensar que o atraso do horário de sono dos adolescentes seja exclusivamente devido às telas. Mas as evidências científicas apontam que  o adolescente naturalmente atrasa o horário dele dormir nessa fase da vida. É um processo natural da puberdade. 

Leia mais em:

Médicos defendem que aulas comecem mais tarde

Insônia aumenta risco de doenças emocionais

Muitas pessoas acham que o adolescente é preguiçoso. Para evidenciar isso, começamos a estudar populações rurais, que não tinham acesso à energia elétrica. O resultado é que,  e mesmo nessas populações,  o adolescente vai dormir mais tarde que o adulto.

O uso de telas piora isso?

Sim. O comportamento  pode  isso.  Sabemos que  quanto mais luz o adolescente – ou qualquer pessoa – for exposto no fim do dia, mais tarde se dorme. Mas não é só esse o problema.  

Pensa em um adolescente que entra na escola às 7h. Ele então acorda às 6h. Para isso, precisaria dormir às 21h para ter  nove horas de sono necessárias. Mas o adolescente não dorme nessa hora.

Mas não poderia “treinar” o sono para isso, com rotina  de dormir cedo?

Não funciona assim. É claro que a família precisa de uma rotina da casa para  que o adolescente não durma tão  mal. Por exemplo, temos hábito de colocar o despertador para acordar, mas podemos colocar  a noite para começar a  desligar telas, fazer atividades  relaxantes, por exemplo.  Mas ainda não seria suficiente.  

O que essa privação  interfere na vida deles?

Para os adolescentes, temos  evidências de que dormir pouco  piora a saúde emocional, aumentando o risco de distúrbios associados à  depressão e à ansiedade. Além disso,  aumenta a chance de problemas cardiometabólicos, com maior risco de ser obeso e  de ter problemas cardíacos.

Para se ter uma ideia, testamos atrasar o horário  de uma escola em uma semana. O que vimos  foi uma melhora no padrão emocional. Estudantes   menos ansiosos, com menos comportamentos ligados à depressão e com maior vigor. E sem  alterar o padrão deles de sono.

Um bom sono influencia na aprendizagem?

Com certeza. Muitos pais investem nas melhores escolas,  mas colocam   isso está em risco quando o filho está privado de sono. 

O sono serve para preparar o cérebro para o aprendizado do dia seguinte e para consolidar o que ele aprendeu durante o dia. Durante o sono, toda a informação é ativada, reorganizada para que vire uma memória  duradoura.

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