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Cidades

"Dor era tão forte que não dormia", diz programador sobre distúrbio muscular

Relato do programador Adriano Reis, de 34 anos, mostra como é conviver com distúrbio muscular relacionado ao trabalho


Imagem ilustrativa da imagem "Dor era tão forte que não dormia", diz programador sobre distúrbio muscular
Adriano precisou mudar hábitos no trabalho, como fazer pausas, mudar a postura e usar equipamentos adequados |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

“A dor era tão forte que não conseguia mais dormir”. O relato é do programador Adriano Reis, de 34 anos, que há cerca de um ano convive com uma epicondilite (alteração dos tendões), relacionada a lesões por esforço repetitivo (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort).

Segundo dados do Ministério da Previdência Social, condições como síndrome do túnel do carpo (que provoca dormência e formigamento na mão e no braço por causa de nervo comprimido), por exemplo, afastaram 24 mil pessoas do trabalho no País. O número é 33,15% maior que em 2022.

O médico neurologista e anestesista com especialização em dores Ramon D' Ângelo Dias frisou que Dort, que é o termo mais adequado, é um conjunto de patologias que acomete o sistema músculo esquelético – músculos, tendões e ossos.

“Dentro deste conjunto de patologias, as principais são as tendinites – em cotovelo, punho, ombros–, mialgias (dores musculares) e dores em coluna”.

Ele explicou ainda que altura do monitor, tipo de teclado, tempo exercendo a mesma atividade e uso prolongado do celular geram uma “sobrecarga” do sistema músculo esquelético, predispondo a inflamações e desencadeando dores.

“Para minimizar a chance de ocorrência precisamos assumir hábitos saudáveis, além de ter ambiente de trabalho adequado e tentar reduzir o estresse. Fazer paradas no trabalho, evitando longos períodos na mesma posição, é importante”.

O especialista em dor crônica André Félix salientou que jornadas longas de trabalho, sem pausas frequentes para descanso, podem acarretar em lesões de todos os tipos no corpo.

André Félix ressalta que a Lesão por Esforço Repetitivo aparece inicialmente como dores de cabeça por um período prolongado, insônia, formigamento e fraquezas ao realizar tarefas simples.

“É importante ficar atento aos sinais que o corpo nos dá diariamente, porque uma simples dor se sentida por mais de três meses é considerada dor crônica e o tratamento deve ser feito”.

A médica especialista em dor crônica Mariana Suete apontou que o tratamento da LER e Dort pode incluir uma combinação de descanso, fisioterapia, medicamentos para aliviar a dor e inflamação, modificação das atividades que causam os sintomas, e, em casos mais graves, cirurgia.

“A prevenção é fundamental, e isso envolve práticas ergonômicas e modificação das condições de trabalho para reduzir o estresse nos músculos e articulações.”

“Não conseguia segurar objetos”

A Tribuna- Desde quando tem LER?

Adriano Reis- Há aproximadamente um ano. Tive epicondilite (alteração dos tendões)

Como você chegou ao diagnóstico? E quais foram os sintomas?

O principal sintoma era dor no cotovelo incessante que começou pequena até chegar a um ponto em que eu não conseguia mais segurar objetos leves como uma garrafa de café. A dor persistia mesmo mudando de posição, apoiando o braço e até dormindo.

Como fez para contornar o problema? Precisou mudar a rotina de trabalho?

Mudei os hábitos para melhorar. Precisei fazer mais pausas e mudar a postura de trabalho, usar equipamento adequado para meu tipo de trabalho e lembrar de deixar meu braço sempre apoiado.

Não pude parar de trabalhar, pois sou autônomo, mas precisei fazer alguns ajustes, como comprar uma cadeira mais adequada para o meu tamanho.

Fez fisioterapia?

Fiz 20 sessões de fisioterapia e 10 sessões de acupuntura.

Depois das sessões de fisioterapia, eu continuei trabalhando, não pude parar porque sou autônomo (programador).

Eu tive que me adequar, fazendo mais pausas, movimentando o braço, sempre lembrando de deixar o meu braço apoiado e bem posicionado na mesa. Inclusive, eu comprei uma cadeira que é correta para a minha altura e uma mesa do tamanho ideal. Isso ajudou bastante a resolver o problema.

Então assim, a melhora do quadro foi um conjunto de fatores, como tratamento, fisioterapia, mudança de hábito no trabalho e exercício físico acompanhado para não voltar a piorar. Se você se exercitar de forma errada, pode prejudicar mais ainda o problema.

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