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Cidades

Diário de mãe e filha vira livro

Leide Cabral conta na obra um pouco das dificuldades que enfrentou desde o nascimento da filha, Bárbara, que é autista


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Imagem ilustrativa da imagem Diário de mãe e filha vira livro
Bárbara com a mãe, Leide Pires Cabral, que vai lançar livro sobre o dia a dia com a filha no próximo dia 1º |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Os relatos de vivência da mãe de uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) se transformaram  no livro “Muito Prazer, Sou a Mãe da Bárbara”, que será lançado no próximo dia 1º. 

Na obra, a escritora Leide Pires Cabral, de 50 anos, conta um pouco das dificuldades que enfrentou desde o nascimento da filha, Bárbara Pires Cabral, de 25 anos.

“Comecei a escrever o diário como uma forma de desabafo, em meados de 2021. Nessa época eu ainda fazia faculdade e estava tentando inserir a Bárbara no mercado de trabalho.  Eu não tinha uma constância na escrita, mas as pessoas perguntavam no meu Instagram:  'cadê os relatos? Faz um livro pra gente. É muito interessante'”, relembra. 

Ela conta que só começou a pensar em publicá-los quando conheceu a jornalista  Marcia Tourinho, que ajuda pessoas a colocarem seus livros no mercado.

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“Nos relatos do meu livro eu falo sobre as dificuldades de ser mãe de uma pessoa autista. Hoje, por exemplo, a Bárbara, que é tatuadora, estava trabalhando e começou a passar mal, mas não soube me dizer o que estava  sentindo. Ela não sabe o que sente. Sabe apenas que não está bem”, ressalta.

Leide lembra que antes de descobrir o autismo,  a filha começou a apresentar um quadro de depressão crônica. 

“Quando percebemos que havia algo estranho, procuramos um especialista e ele deu o  diagnóstico de autismo. Foi um choque, mas ao mesmo tempo  percebi que a partir dali  sabia exatamente com o que estava lidando e como agir para dar o meu melhor”.

Ela ressalta que pretende fazer outros lançamentos e continuar escrevendo sobre os relatos das suas experiências. 

“Eu quero dar continuidade ao meu diário de mãe. Muitas mães com filhos autistas  acham que eles nunca vão conseguir trabalhar e serão para sempre dependentes. Existe o diagnóstico, existe a síndrome, mas se a mãe acompanhar de perto e se especializar, o filho pode  conseguir ser uma pessoa independente”, afirma.

Hoje em dia, Bárbara  é tatuadora e está concluindo o curso de Medicina Veterinária. Ela explica  que a obra da mãe é muito interessante  para ajudar outras mães que passam pela mesma situação, tendo que lidar com muitos obstáculos  e superá-los.

“A forma que ela aborda o tema, com riqueza de detalhes do dia a dia da convivência com um autista,  é muito instrutiva e emocionante”, relata.

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