Decisão mantém suspensão de eventos com aves por mais 180 dias no ES
Medida leva em consideração o início do fluxo de aves migratórias e aumento de casos de gripe aviária
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A suspensão de exposições, torneios e feiras com aglomeração de aves continua por mais 180 dias, no Espírito Santo. A decisão de prorrogar o Estado de Emergência Zoossanitária foi tomada na segunda-feira (22), pelo Comitê Gestor de Enfrentamento à Influenza Aviária, do qual a Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária do ES (SFA-ES/Mapa) faz parte.
A nova deliberação do comitê leva em consideração o início do fluxo de aves migratórias, que acontece a partir do mês de abril, e o aumento do número de casos de gripe aviária em países de onde vêm as aves migratórias para o Estado.
Entre os eventos suspensos, estão os torneios tradicionais de canto e fibra de pássaros canoros (aves que possuem canto harmonioso). O Espírito Santo possui cerca de 32 mil criadores de pássaros não comerciais e, segundo o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), 26 associações foram cadastradas para realização de competições.
Desde março de 2023, esses eventos estão suspensos em todo o país graças à portaria Nº 572, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que estabeleceu medidas preventivas em função do risco de disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade no país. Em dezembro de 2023, o Mapa emitiu a portaria Nº 642, prorrogando a suspensão em todo o país por mais 180 dias.
De acordo com o superintendente Federal de Agricultura no ES, Guilherme Gomes de Souza, é primordial que os setores envolvidos pela portaria do Mapa sejam sensibilizados. “A influenza aviária é muito grave e pode causar problemas econômicos e atingir até a saúde das pessoas. E a aglomeração de aves e pássaros em eventos pode ampliar a proliferação da doença”, ressalta.
Influenza Aviária no Brasil
Em maio de 2023, foi registrado o primeiro foco da doença em ave silvestre no Brasil. Desde então, são 151 casos confirmados, sendo 148 em aves silvestres e três em aves de subsistência. Nenhum caso foi detectado em criação comercial, condição que mantém o Brasil com status de país livre da gripe aviária (H5N1) perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), podendo assim exportar seus produtos para consumo de forma segura.
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