Coronel do ES lança livro sobre história da PM
Júlio Cezar Costa conta que “Crônicas do Coronel: O Filho do Cabo” traz as virtudes, os problemas e os êxitos da corporação
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Júlio Cezar Costa é professor, escritor, coronel da Polícia Militar do Espírito Santo e pastor da Igreja Cristã Maranata. E, com muito orgulho, o filho do cabo Lastênio Nascimento Costa, que vai completar 92 anos de vida em setembro. Juntos, pai e filho têm 110 anos de carreira na Polícia Militar.
Foi exatamente por conta dessa história na corporação que ele decidiu escrever o seu terceiro livro, “Crônicas do Coronel: O Filho do Cabo”, que será lançado no próximo dia 26, às 19 horas, na Assembleia Legislativa do Estado.
“Esse livro foi escrito quase todo na pandemia e em texto de WhatsApp. E nós temos 56 artigos inéditos com crônicas que contam vitoriosamente a história da segurança pública no Espírito Santo, com os seus problemas, virtudes e êxitos”, contou em entrevista no estúdio Tribuna Online. Assista:
A Tribuna Quando surgiu a ideia de escrever “Crônicas do Coronel: O Filho do Cabo”?
Coronel Júlio Cezar Costa Nós temos uma longa história na Polícia Militar do Espírito Santo. Somando o tempo que meu pai e eu temos de Polícia Militar dá 110 anos. Esse foi um dos motivos de querer escrever o livro.
Por que tem esse título?
Meu pai, o cabo Lastênio Nascimento Costa, que vai completar 92 anos agora em setembro, é um dos homens mais honrados que a cidade de Alegre já teve. Mas isso vem de uma conversa que o comandante geral à época, o coronel Wlamir Coelho da Silva, teve comigo. Ele queria conhecer o filho do cabo. E o título do livro foi em homenagem a essa frase que o coronel me intitulou do primeiro encontro que eu tive com ele. “Você é filho do cabo Lastênio, respeite o legado do seu pai”. E eu procuro passar no livro isso, o respeito que eu tenho pelo legado de meu pai para a Polícia Militar.
No livro, o senhor faz um agradecimento “ao vivo e bondoso Deus” e tem uma passagem de Eclesiastes. O senhor é coronel, professor e pastor da Igreja Cristã Maranata, correto?
Com muita satisfação eu digo isso, porque a Igreja Cristã Maranata para mim não é uma religião. É onde eu aprendi uma fé transcendente e aprendi que existe uma comunidade pela proximidade, pela interatividade e pela troca não monetária de valores que nós fazemos ali. O meu agradecimento vai, além de tudo, do maior ao menor, começando por Deus e terminando naqueles que fizeram conosco esse ombreamento para fazer essas mudanças tão grandes que nós vivemos na Polícia Militar e na segurança pública do Estado.
Como o senhor enxerga a nossa segurança pública, como um todo, atualmente?
Eu enxergo como um modelo defasado. O momento da segurança pública reativa está cedendo desde os últimos 30 anos. Então, eu vejo, como profissional, como professor desta área e pesquisador, que esse é o modelo que não deu certo, faleceu mas ainda não foi sepultado pelos governantes no Brasil.
O que mais marcou a sua vida dentro da corporação?
A desconstrução que a Polícia Militar do Espírito Santo viveu na primeira década desse século. Houve um processo depreciativo com a vinda de pessoas que nada conheciam da nossa gente. Isso aqui não é um tom de crítica, isso é uma pesquisa profunda, epistemológica. Mas eu vejo que a Polícia Militar também buscou se renovar e criou metodologias, buscou interagir. Eu vejo sinceramente o renascer dessa fênix, com novos propósitos.
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