Comunidade LGBTQIA+ imigra na tentativa de escapar do preconceito
Busca por mais segurança é um motivos que levam capixabas a imigrar para os Estados Unidos
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O desejo de viver longe do preconceito e com mais segurança, além de contar com melhores condições de vida, tem levado a comunidade LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexual, Transgênero, Queer, Intersexo, Assesual e+) capixaba a imigrar para os EUA. É o que conta a advogada, capixaba de Vitória, e que mora nos EUA, Anita Mignone.
“O capixaba cita muito a questão da segurança e a comunidade LGBTQIA+ do Espírito Santo vem muito para os Estados Unidos para buscar mais segurança”, afirma a advogada da Mignone Law Firm.
A coordenadora de ações e projeto da ONG Associação Gold, que atua no campo dos direitos humanos, Deborah Sabará, diz que as pessoas LGBTQIA+ têm esse desejo de morar fora pelo fato de o Brasil ser um país que deixa crimes de homofobia ocorrerem de forma naturalizada.
Em 2019, o Supremo Tribunal Federal equiparou a discriminação dos LGBTQIA+ ao crime de racismo, sob o argumento de omissão do Congresso e necessidade de preservar o direito à vida desse grupo.
“A violência é tão naturalizada que as pessoas não percebem. Como vamos colocar a Lei de LGBTQfobia em prática, se é abrigada na Lei de Racismo que não consegue ser efetivada?”, questiona Deborah Sabará.
Ela destaca que o Brasil é o país que mais mata travestis no mundo. “Precisamos trabalhar o respeito, a diversidade e a dignidade”.
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