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Cidades

"Comer arroz e feijão é meu segredo de disposição", diz corredora de 96 anos

A aposentada Adelmira Ventura corre três vezes por semana e afirma que comer arroz e feijão é o seu segredo para ter disposição


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Imagem ilustrativa da imagem "Comer arroz e feijão é meu segredo de disposição", diz corredora de 96 anos
A aposentada Adelmira Ventura corre três vezes por semana. |  Foto: Clóvis Rangel

Corrida três vezes por semana, 12 quilômetros percorridos por dia, e ainda um prato recheado de arroz e feijão para dar força e disposição.

Estes são os segredos da aposentada Adelmira Ventura Adão, de 96 anos, para ter uma boa qualidade de vida. Ela é reconhecida em vários estados e até fora do Brasil devido ao esporte, chamada pelos colegas de “vovó corredora”.

“É muito feijão e arroz todos os dias e isso me dá muita disposição. Eu como de tudo, mas não abuso de nada. Creio que o esporte é causa da minha longevidade”.

Para ocupar o tempo após a morte de seu marido, Adelmira revelou que, em 2009, começou a frequentar um programa da prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Estado, onde mora, que fomenta exercícios físicos. 

Ela e o grupo do programa foram convidados a participar da Corrida de São Pedro, em Cachoeiro, para caminhar.  Mas, ao ouvir o som do apito de largada, a aposentada saiu correndo  e chegou em 1º lugar na categoria acima dos 75 anos.

Também, em 2009, conquistou seu primeiro troféu em uma competição estadual, na modalidade atletismo, sendo considerada a melhor atleta da terceira idade.

Adelmira com uma lesão no joelho, mas quando não está machucada mantém uma rotina de fazer inveja. Pelo menos três vezes por semana, ela acorda 5 horas  e sai para correr. Chega a percorrer, por dia, até 12 quilômetros. 

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Mesmo tendo recomendações médicas para reduzir o ritmo  nas competições devido à artrose no joelho esquerdo, ela diz que ainda não tem  intenção de parar. “Quero continuar correndo, mas obedecendo a minha saúde também”.

A vovó corredora é mãe de Rita Adão, 61, e avó de dois netos. Ela fará 97 anos em março. Atualmente,  mora com o neto David Adão, 41, vigilante. Ele é o grande incentivador da corredora. “Fico orgulhoso de ver que ela escolheu a corrida  para seguir”, ressaltou David.

Ela  foi homenageada na 5ª Corrida Litorânea Paletitas, realizada no último dia 8 de janeiro, em Piúma, Sul do Estado, e é a corredora capixaba mais idosa, segundo o secretário Turismo e Esporte do município, Thiago Marques. Em 2022, recebeu na Festa de Cachoeiro a Comenda “Newton Braga”. 

“Nem remédio de pressão eu tomo”

Imagem ilustrativa da imagem "Comer arroz e feijão é meu segredo de disposição", diz corredora de 96 anos
Adelmira: “Peço forças a Deus”. |  Foto: Clóvis Rangel

A Tribuna -   Por que a senhora corre?

Adelmira Ventura - Me sinto tão bem correndo que parece que eu até estou nascendo de novo. Refresca minha cabeça. Eu corro porque eu gosto. Se não fosse a corrida eu já tinha morrido.    

Como é sua alimentação?

É muito feijão e arroz. Como de tudo, mas não abuso de nada. 

O seu neto acompanha a senhora nas provas. Como é correr com ele? 

Ele começou depois de mim. Já tem sete anos que ele corre comigo por causa da minha idade, para me dar água, também virou atleta.

Como é a sua rotina de treinos?

Saio de casa 5 da manhã, corro, chego em casa e vou tomar meu banho, fazer meu cafezinho.

Como é a saúde da senhora?

Nem remédio de pressão eu tomo. Sempre faço exames. 

De onde vem tanta disposição?

Peço a Deus para me dar força, me dar coragem. Andando ou correndo, o importante é chegar lá no lugar onde tenho de chegar.

O que a senhora diz para quem ainda não corre?

Sempre falo para minhas amigas: 'Façam uma corridinha para começar'. Faz bem para saúde. Temos de fazer algum esporte.

Neto também virou atleta

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David Adão, 41, e sua avó Adelmira Ventura, 96: treinos à beira-mar. |  Foto: Clóvis Rangel

O neto da aposentada Adelmira Ventura Adão, 96, o vigilante David Adão, 41,  também virou atleta por causa da sua avó. Seja nos treinos ou nas corridas,  ela sempre está acompanhada do  neto.

Segundo ele, Adelmira é um exemplo de vitalidade dentro e fora das competições. “Ela lava passa, cozinha, capina, faz tudo. Minha avó é muito ativa”, disse David. 

Ele contou que a avó começou a praticar a corrida após a morte do avô. “Ela ficou muito ociosa dentro de casa. Foi quando ela foi convidada para fazer parte de um grupo da terceira idade que praticava  exercícios. Em 2009,  durante uma corrida, ela completou os 10 primeiros quilômetros da vida dela”, ressaltou.

Adelmira afirma que, na hora da corrida, mentaliza que precisa concluí-la. “Por isso, eu vou até o fim. A gente topa com tanta gente. Lá eu me sinto bem, de tão alegre que eu fico. Quando chego no final dou até uns pulinhos de felicidade”. 

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