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Cidades

“Cinco minutos por dia em silêncio é arma poderosa”, diz terapeuta

Especialista afirma que, mesmo em meio ao mundo tumultuado, é possível manter o equilíbrio por meio do autoconhecimento


Imagem ilustrativa da imagem “Cinco minutos por dia em silêncio é arma poderosa”, diz terapeuta
Wilma Bolsoni |  Foto: Divulgação

O Brasil é o primeiro país  no mundo em número de pessoas ansiosas e o primeiro na América Latina em casos de depressão.  A terapeuta Wilma Bolsoni acredita que o agravamento do desequilíbrio mental e emocional da população não se reduzirá nos próximos anos.

Apesar da triste previsão, segundo ela, é possível se proteger com autoconhecimento,  como por exemplo  deixar o celular de lado  e dedicar  ao menos cinco minutos por dia para ficar em silêncio. 

A Tribuna –  Porque  vemos tantas pessoas sofrendo e com desequilíbrio emocional?

Wilma Bolsoni –  Esse é  um fenômeno global,  o crescimento muito rápido da deterioração da saúde mental.   São diferentes fatores, mas há alguns que são comuns, como a pandemia. Já vinha um crescimento de números  de ansiedade anterior à pandemia. Mas esse fenômeno isolou as pessoas e colocou todo mundo em casa,   digitalizou a vida. 

Isso começa a trazer efeitos secundários. Primeiro  que as pessoas começam a viver essa “meta vida”,  a achar que tudo que é postado nas redes é verdade,  e não é. Então, ela começa a se comparar com as pessoas  e fica insatisfeita e frustrada com a sua própria vida. 

Isso, somado  ao sedentarismo, por exemplo. As pessoas se movimentam menos e têm menos contato com a realidade, com os familiares e os amigos.   

Assista o vídeo com a entrevista:

Por que acha que isso tende a se agravar nos próximos anos? 

Todos esses aspectos que criam ansiedade, insatisfação e medo estão fomentados. Estamos  em um momento em que a vida ganha um forte componente  digital, que não é real, mas faz parte da vida. 

A vida  já foi muito mais simples, era muito mais fácil planejar o ano.  

Há  formas de se proteger?

Há várias coisas, mas  vejo uma saída que é fundamental, que é o investimento em autoconhecimento. É  investir em saber, conhecer a si mesmo, porque dentro você tem essas respostas. 

O mundo pode estar um caos, ameaça de guerra, instabilidade política, econômica, mas  se a pessoa   desenvolver o autoconhecimento, conhecer seus inimigos internos, consegue desenvolver essa percepção um pouco mais ampliada e  consegue ficar no presente. 

É difícil, mas é treino, persistência e vontade. Saber que no momento presente  sempre vai tomar a melhor decisão e barrar a ansiedade. A vida só existe no momento presente. Quantos têm um momento consigo mesmo? Sentar, em silêncio, para ouvir o que o coração fala, o que os instintos te falam. 

Mas, como fazer isso, mesmo no dia a dia corrido?

A inteligência do coração é uma técnica supersimples. Eu faço às vezes em uma mesa de reunião. Não precisa nem fechar os olhos. É a sua respiração e onde você põe a sua consciência. O que você pensa,  sincronizado com a sua respiração, vai mudar e diminuir o seu estresse. 

Quando se pegar pensando no futuro ou lembrando do passado de forma triste ou que gere ansiedade, quando se percebe, é hora de  voltar para o agora. 

Treine a sua mente  para se colocar no presente. Ficar em silêncio é desligar um pouco o barulho externo, que são as redes sociais, a tecnologia, desligar de ficar o tempo todo recebendo muita informação. 

Tem de criar  um hábito, ficar cinco minutos por dia em silêncio é uma ferramenta poderosa, ajuda muito, te transforma. Vai ter mais calma, serenidade, clareza, sabedoria. Vai ganhar mais segurança.

Outras ferramentas, por exemplo, são ler, sair das redes sociais,  procurar  conexões verdadeiras com as pessoas, abraçar alguém, conversar e dar risada. Se movimentar! 

Manter o corpo ativo para liberação de endorfina e serotonina  ajudam na sua saúde mental. Assim como se conectar com a natureza. 

Só cinco minutos de silêncio já ajudam? 

Parece pouco, mas o mais importante é a frequência do que é a duração.  As pessoas são muito imediatistas,  elas querem resultados rápidos, mas não é assim. Tem que ser frequente. 

Acho que o mais difícil, principalmente para os mais jovens, é sair das redes sociais. Porque uma boa parte da sua vida passa ali, mas não é real.  

Tem de fazer uma busca de si mesmo. Não acho que assim consegue mudar o mundo, mas com autoconhecimento você consegue mudar a percepção que  tem sobre o mundo.

Quem é Wilma Bolsoni

> Terapeuta formada na Barbara Brennan School of Healing (BBSH), na Flórida, Estados Unidos.

> Pós-graduação em Bases da Medicina Integrativa pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. 

> Diretora da Flow School, frente criada pela Ânima Educação para questões de saúde mental, autoconhecimento e desenvolvimento humano em prol de promover soluções integradas como segurança psicológica e tratamento humanizado no local de trabalho.

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