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Cidades

Chip da beleza leva jovem à UTI e médicos explicam riscos

Ginecologistas alertam que, sem um acompanhamento profissional, implantes podem causar dor, sangramento e infecção


Imagem ilustrativa da imagem Chip da beleza leva jovem à UTI e médicos explicam riscos
A ginecologista Thaissa Tinoco Sassine mostra os chips da beleza e explica que os hormônios ocitocina e a gestrinona não são recomendados para tratamentos estéticos |  Foto: Leone Iglesias/AT

Prometendo ajudar no emagrecimento, aumento da disposição física e ganho de massa magra, entre outros benefícios, os implantes hormonais, popularmente chamados de “chips da beleza”, viraram tendência e ganharam até um movimento chamado “ocitocine-se”.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem de A Tribuna, não há qualquer comprovação científica de que eles tragam os resultados prometidos, e o uso inadequado do produto representa risco à saúde.

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Na semana passada, o caso de uma jovem de cerca de 20 anos, internada em estado grave em hospital particular de São Paulo, viralizou nas redes sociais.

Ela desenvolveu edema cerebral 24 horas após colocar o implante. A jovem colocou dois implantes com ciproterona, gestrinona, testosterona e ocitocina.

Diretora da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Espírito Santo (Sogoes), a médica Patricia Leite Rodrigues reconhece que os tratamentos hormonais representam um avanço na saúde da mulher, porém, ela afirma que é preciso ter cautela antes de iniciar algum tipo de tratamento, principalmente com o uso de chips.

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|  Foto: Divulgação

“É necessária uma avaliação individualizada do risco e do benefício para cada paciente, norteando quando realizar e qual a melhor via de administração”.

A ginecologista e mastologista Thaissa Tinoco Sassine explica que a ocitocina e a gestrinona, hormônios usados pela jovem que está internada em estado grave, não são recomendados para tratamentos estéticos e implantes hormonais.

Segundo a médica, eles podem até ser usados para determinados tratamentos de saúde, mas para fins estéticos há risco.

“Até mesmo por conta da dosagem e da mistura com outras substâncias. A ocitocina, por exemplo, é usada para fins obstétricos, como indução ao parto. Já a gestrinona é utilizada por ginecologistas para tratamento de algumas doenças ginecológicas, como miomas”.

Daniela Berardo, também ginecologista, afirma que nenhum procedimento é isento de riscos, mas os implantes hormonais são uma via segura se realizados por profissionais capacitados, respeitando as indicações individualmente.

“O que precisamos ter em mente é procurar um profissional capacitado para avaliar nossa necessidade de tratamento visando sempre a melhora da saúde”, destacou.

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|  Foto: Divulgação

Saiba mais

O que é

O chamado “chip da beleza” é um implante hormonal do tamanho de um palito de fósforo, que é inserido debaixo da pele por meio de uma microincisão. A quantidade de hormônios varia conforme o paciente.

O tratamento, que não é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), promete resultados como emagrecimento, aumento da disposição física e massa magra sem a necessidade de grandes esforços.

Riscos

Os principais riscos do uso de implantes são dor pós-inserção, hematomas, pequenos sangramentos, infecção do local da inserção ou extrusão (que é a expulsão pelo corpo) dos implantes, além dos efeitos relacionados às doses específicas de cada hormônio inserido.

A gestrinona pode causar oleosidade da pele, acne, queda de cabelo, mudança no timbre da voz, e a ocitocina pode ter como efeito colateral a cefaleia, lembrando que esses efeitos variam, daí a necessidade de individualizar cada caso.

Fins estéticos

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem de A Tribuna, não há qualquer pesquisa que ateste a eficácia da ocitocina para tratar obesidade, ansiedade ou falta de libido.

Fonte: Especialistas entrevistados.

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