X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Cardiologista Ludhmila Hajjar: “Saúde e Direito devem caminhar sempre juntos”

Médica pede união de forças para resolver os problemas que levam pacientes a buscar cada vez mais o Judiciário


Imagem ilustrativa da imagem Cardiologista Ludhmila Hajjar: “Saúde e Direito devem caminhar sempre juntos”
Professora da USP, Ludhmila Hajjar destaca as dificuldades dos magistrados diante de diversos casos |  Foto: Leone Iglesias/AT

Assunto complexo e com impacto na vida das pessoas e no equilíbrio econômico-financeiro de redes pública e privada, a judicialização da saúde foi um dos temas discutidos na Conferência Estadual da Advocacia, na última sexta-feira (19), em Vitória.

Para a médica cardiologista Ludhmila Hajjar, é preciso unir forças para superar problemas que levam pacientes a buscarem, cada vez mais, no Poder Judiciário formas de ter acesso a remédios, tratamentos e à internação. “O Direito e a saúde precisam caminhar sempre juntos”, disse.

“Em 2022, o Brasil gastou em torno de R$ 1,2 bilhão com judicialização da saúde. São processos tanto referentes ao SUS (Sistema Único de Saúde) – entre 65% a 70% –, quanto à Saúde Suplementar – entre 30% a 40% desses processos”, disse a professora do Departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Ela destacou, ainda, que no Brasil as demandas que chegam ao Judiciário referem-se principalmente ao acesso a medicamentos, seguido de acesso a tratamentos médico-hospitalares e a leitos.

“Temos 73% desses processos deferidos pela Justiça, porque é muito difícil para o juiz, do outro lado. Imagina que ele, numa sexta-feira à noite, recebe um chamado para salvar a vida de uma criança, de uma doença que ele não conhece, de uma mãe desesperada, de um tratamento que não salva a vida da criança, mas que aumenta a sobrevida em dois ou três meses. No entanto, esse medicamento custa R$ 10 milhões ou 15 milhões. Essa é a realidade que o Judiciário tem hoje para lidar todos os dias”.

Para ela, o aumento da expectativa de vida da população tem levado a uma transição demográfica e, por consequência, epidemiológica que devem ser levadas em consideração nessas discussões.

“Até 10 anos atrás o brasileiro morria principalmente de doenças agudas, de baixo custo para o sistema de saúde, como doenças infecciosas, traumas, doenças respiratórias. Hoje, temos como causas de morte as doenças cardiovasculares e o câncer. São doenças crônicas e que custam alto para o sistema de saúde, com internações e procedimentos complexos”.

Ela destacou dificuldades como o tamanho do País e sua heterogeneidade e ainda falou sobre as diferenças de acesso no SUS e na saúde suplementar.

“Se o paciente do SUS tem o melanoma, a sobrevida dele em média é de um ano. Se está no sistema suplementar e tem o melanoma, a sobrevida em média é cinco anos. Esse número fala por si”.

E completou: “Então é impossível não judicializar. Por que todos têm de ter os mesmos direitos. Nós precisamos pensar como modificar esse cenário. Se queremos fazer um Brasil mais justo, temos que enfrentar a judicialização, para melhorar o processo de assistência à saúde”.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: