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Cidades

Caramujos africanos preocupam frequentadores da Praia da Costa, em Vila Velha


Imagem ilustrativa da imagem Caramujos africanos preocupam frequentadores da Praia da Costa, em Vila Velha
Caramujos africanos na Praia da Costa |  Foto: Rita de Cássia Furtado

Frequentadores da Praia da Costa, em Vila Velha, estão preocupados com a quantidade de caramujos africanos que aparecem na areia sempre depois que chove. 

É o caso da advogada Rita de Cássia Furtado, de 51 anos. Ela pratica exercícios na praia e teme que os caramujos transmitam doenças.

"Medo de doença. Por não saber qual tipo de caramujo que é, nós ficamos muito preocupados. Pela falta de informação, da gente não saber se eles passam ou não doença. Uma colega colocou a toalha na areia e a máscara em cima da toalha. Um caramujo subiu na toalha e ela jogou tanto a máscara quanto a tolha fora. Ela não quis lavar porque ficou com medo", contou.

O biólogo Iberê Sassi disse que os animais encontrados na Praia da costa são caramujos africanos e confirmou que eles são transmissores de doenças. 

"Sua origem é a África. Ironicamente, o próprio governo brasileiro via Ministério da Agricultura importou o caramujo para substituir o scargô, caramujo europeu muito apreciado. Isso não deu certo e quem o recebeu acabou soltando no nosso ambiente que, por falta de predadores naturais se espalhou pelo país todo", explicou.

O biólogo deu dicas de como evitar o surgimento desses animais. "Não sou especialista, no entanto, o controle do Achatina fulica (nome científico do caramujo africano) é muito simples evitando-se alimentá-lo com matéria orgânica (lixo em geral) e sua recolha manual. Evitar contato direto pois transmitem doenças". 

Sassi também explicou como eliminar os caramujos. Eles se reproduzem o ano todo, mas realmente em tempos de chuva e verão, sua quantidade aumenta. Basta jogar água salgada que eles morrem, mas eles têm que ficar um tempinho submersos. Quem tem quintal ou jardim pode fazer esse controle. Uma solução salina num balde ou um pouco de cloro dissolvido pode acabar com ele. Depois é só pôr no lixo comum em um plástico. Evitar enterrar porque às vezes seus ovos sobrevivem e voltam a contaminar a área", alertou.

Em nota, a Prefeitura de Vila Velha disse que realiza a limpeza da praia diariamente e que os caramujos são recolhidos manualmente.

"A Prefeitura de Vila Velha, por meio da Secretaria de Serviços Urbanos, informa que realiza limpeza em toda extensão da orla diariamente. Quando identificados, os caramujos são recolhidos manualmente pois não existe nenhum produto químico indicado para o controle desses animais, especialmente pela região ser área de restinga. O serviço de limpeza manual é intensificado após os períodos de chuvas, onde o animal costuma se reproduzir", diz o texto enviado pela assessoria.

Contaminação pela larva de verme

A contaminação pela larva do verme presente nos caramujos africanos pode causar doenças graves como a meningite.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a infecção chamada de meningite eosinofílica ou angiostrongilíase cerebral é causada pelo verme Angiostrongylus cantonensis.

"A meningite causada por A. cantonensis começa com a ingestão do caramujo ou de muco do molusco infectado. Uma vez ingeridas, as larvas do verme migram para o sistema nervoso central e se alojam nas meninges – membranas que envolvem o cérebro. O organismo inicia uma reação inflamatória, que resulta no quadro de meningite. Geralmente, a doença é autolimitada, pois os parasitos não conseguem se reproduzir no ser humano e morrem naturalmente. No entanto, alguns pacientes desenvolvem formas graves e o índice de mortes é de 3%. O atraso no diagnóstico é um dos fatores que contribuem para o agravamento do quadro: cada dia de dor de cabeça prolongada aumenta em 26% as chances de coma".

Fonte: portal.fiocruz.com.br

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