Capixaba é internada em Portugal e família pede ajuda para trazê-la de volta

|  Foto: Roberta Bourguignon/ AT

Há dois meses a manicure Ana Cláudia Pereira Figueiredo, de 43 anos, vive o pesadelo de chegar em Portugal para reencontrar a filha, a esteticista Jeani Françosa, 23, e o neto, o Mateo, de apenas três anos. 

Moradora de Guarapari, Ana Cláudia precisa chegar ao país para buscar mãe e filho que foram separados após os dois serem encontrados desmaiados por falta de comida e água dentro da casa onde viviam. 

Jeani quando foi encontrada estava pesando pouco mais de 30 quilos. Mateo está em um hospital da cidade de Porto, separado da mãe, que se encontra em um hospital psiquiátrico, em recuperação. 

“Em março foi a última vez que nos falamos por telefone e ela já havia me pedido para ir para Portugal porque ela não estava bem. Não estava querendo ir trabalhar, não conseguia fazer nada. Depois disso ela desapareceu e sumiu das redes sociais também. Uma amiga foi lá e não encontrou ela, e há 20 dias ela foi encontrada no hospital psiquiátrico, e o Mateo em outro hospital, separado dela”, lembra Ana Cláudia. 

De Guarapari, o filho de uma amiga de Ana Cláudia conseguiu localizar uma ONG de brasileiros, que divulgou o desaparecimento de Jeane e Mateo, e os dois foram encontrados. 

“Ela foi encontrada desnutrida junto com o filho. O Mateo estava desmaiado quando foi encontrado, de fome. Ele estava desnutrido e cheio de machucados. Os vizinhos que abriram a porta porque os cachorros e gatos estavam latindo muito com fome. Eles foram de ambulância. Quando ela acordou no hospital, depois de dois dias, ela estava toda amarrada. Quando as pessoas começaram visitar, que ela foi entendendo o que aconteceu, mas não lembra de muita coisa. Ela teve um surto psicótico”, relata Ana Cláudia. 

Na manhã de ontem foi a primeira vez que mãe e filho se reencontraram. Mateo foi levado ao hospital que Jeane está internada. Jeane voltou a fazer contato com a mãe pelo celular, e o que Ana Cláudia precisa é chegar lá para buscar a guarda do neto e esperar Jeane melhorar para que eles possam voltar ao Brasil. 

“O neném está afastado dela. Como chegou ao hospital desnutrido, ela perdeu a guarda da criança. E como no passado a Jeani fez ocorrência contra o pai, o pai também não pode pegar o menino. E eu preciso ir lá resolver isso. Eu nem o conheço ainda, e é meu primeiro neto. Não fui antes para Portugal porque não temos dinheiro para isso. Abri uma vaquinha e minha esperança é ir assim que eu conseguir o dinheiro”, completa ela. 

No site da vakinha, é possível ajudar a família através do título ‘Minha filha e meu neto de 3 anos encontram-se internado em hospital de Portugal’. Ana Cláudia precisa de R$ 30 mil para comprar as três passagens e conseguir se deslocar até lá.