Câmara Municipal não vai mais para o Centro de Vitória, diz presidente
Legislativo desistiu da mudança da sede, após a Caixa negar a cessão do edifício onde seria a nova Casa

A mudança de endereço da Câmara de Vitória, de Bento Ferreira para o Centro, não vai mais acontecer. A decisão foi motivada devido a entraves políticos e pela negativa do governo federal em ceder o imóvel, segundo o presidente do Legislativo Municipal, Anderson Goggi (PP).
À reportagem, Goggi contou que participou de uma reunião ontem, em Brasília, e que estava otimista em relação à liberação do edifício Castelo Branco para a instalação da nova sede da Casa de Leis.
Participaram do encontro o deputado federal Josias Da Vitória (PP), como representante da bancada federal do Estado; o diretor de Relações Institucionais da Câmara, Marcos Delmaestro; o diretor-executivo da Caixa Econômica, Glauco Braga Dias; e o superintendente regional no Estado, Tarcísio Dalvi, além da gerente Executiva de Relacionamento Parlamentar Deisiane Melegario e da assessora de Relacionamento Institucional Lillian Vitorino.
Segundo Goggi, o motivo alegado pela Caixa Econômica foi a ocupação do prédio por integrantes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia. No entanto, ele afirma que a negativa tem teor político.
“Infelizmente, o governo federal colocou questões ideológicas acima dos interesses da população e do comércio do Centro. Todos os trâmites burocráticos já tinham sido resolvidos. A única barreira agora é política”, declarou Goggi.
Além da negativa, o governo federal teria sugerido que o município se responsabilizasse por criar alternativas habitacionais para os integrantes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia.
“Vitória já desenvolve um dos maiores programas habitacionais da Grande Vitória e não podemos desrespeitar as famílias que estão na fila de espera”, ressaltou.
O presidente também citou a recente lei municipal que suspende benefícios sociais de quem invadir imóveis públicos. “O município tem responsabilidade, mas também tem regras. Não podemos incentivar ou premiar a ocupação ilegal”, completou.
Com a desistência oficializada, a Câmara permanecerá em Bento Ferreira, onde a atual sede passará por reforma emergencial para readequar o espaço e melhor atender vereadores, servidores e a população que busca os serviços da Casa.
Prédio da Caixa era o “único viável”
Negociações
O processo de cessão do edifício Castelo Branco à Câmara foi iniciado há cerca de cinco meses. Entretanto, ontem, após reunião em Brasília com representantes da Caixa Econômica, o presidente do Legislativo, Anderson Goggi (PP), anunciou a desistência da transferência do prédio de Bento Ferreira, em Vitória, para o Centro. O motivo, segundo ele, teria sido político.
Ocupação
No início do mês, o edifício Castelo Branco foi ocupado por integrantes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM).
Líder do movimento no Estado, Valdeni Ferraz disse que 112 pessoas estão no prédio (72 famílias). A Justiça Federal chegou a determinar a desocupação, mas, segundo ele, a Caixa pediu a revogação da liminar para negociações prosseguissem.
Com isso, a sede do Legislativo continuará em Bento Ferreira, onde será feita uma reforma para readequar espaços.
Apesar do desfecho, Goggi agradeceu o apoio de lideranças locais. Elogiou o superintendente regional da Caixa, Tarcísio Dalvi, destacando que a decisão final não partiu dele, mas sim de Brasília. Agradeceu também o deputado Da Vitória, que acompanhou de perto o tema.
Procurada, a Caixa não respondeu até o fechamento da edição.
Fonte: Anderson Goggi e pesquisa A Tribuna.
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