X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Brasileiros estão trocando refeições por coxinha e pastel para economizar

Salgados têm substituído o prato tradicional de comida dos brasileiros devido à crise econômica que afeta o país desde 2020


Aos poucos, desde 2020, as refeições foram se deteriorando: primeiro, a carne foi substituída por embutidos; depois, sumiu dos pratos; agora, o cenário é ainda mais apavorante: a coxinha, o quibe e o pastel já substituem o arroz, o feijão e a carne no dia a dia dos trabalhadores.

A constatação foi feita pela consultoria Kantar, que monitora o consumo de alimentos e bebidas fora de casa nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Porto Alegre. 

De acordo com a pesquisa, em 2022, foram vendidos 170 milhões de salgados a mais do que em 2019, antes da pandemia, enquanto o consumo de refeições, como arroz, feijão e carne, diminuiu em 247 milhões de unidades.

A nutricionista e doutora em Saúde Coletiva Polyana Romano relembra que a insegurança alimentar aumentou vertiginosamente por conta da pandemia da covid-19.   

"Não é uma troca saudável, podendo causar vários problemas de saúde, como aumento do colesterol, diabetes  e hipertensão. Os lanches não fornecem os nutrientes necessários para a  saúde, apenas calorias vazias e, em sua maior proporção, carboidratos simples e gordura".

Imagem ilustrativa da imagem Brasileiros estão trocando refeições por coxinha e pastel para economizar
O pintos Izaias Freitas, 38, reclama da queda de renda após a pandemia: "Está tudo mais caro. Um prato feito no centro de Vitória custa, em média, R$ 20. Várias vezes, dormi sem um salgado ou jantar. É uma situação muito complicada" |  Foto: Douglas Schneider/AT

Para o mestrando em Políticas Públicas na Universidade de Oxford, na Inglaterra, e consultor do Tesouro Estadual, Eduardo Araújo, é necessário que se invista não só em políticas de assistência social para as famílias carentes: para reverter este cenário da insegurança alimentar, o País necessita de reformas econômicas estruturais. 

"Há uma combinação de fatores, com o desemprego e a desaceleração da economia brasileira, nos últimos anos, como principais motivos. Precisamos de uma política pública ativa para garantir a assistência social e, também, de políticas para a prosperidade econômica, como a reforma tributária".

Desde 2015, o Brasil voltou para o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), com um agravamento do problema na pandemia: 33,1 milhões  não têm garantido o que comer, aponta o Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de covid-19.

SAIBA MAIS

Pesquisa

  • Os trabalhadores estão substituindo refeições com arroz, feijão e carne, por exemplo, por salgados prontos, como coxinha, pastel e quibe. Em 2022, de acordo com  pesquisa, foram vendidos 170 milhões de salgados a mais do que em 2019, antes da pandemia, enquanto o consumo de refeições, como arroz, feijão e carne, diminuiu em 247 milhões de unidades. 
  • Outro estudo demonstrou que os salgados prontos correspondiam a 11% dos alimentos e bebidas consumidos fora de casa em 2019, enquanto em 2022 a porcentagem alcançou 15%. Em contrapartida, as refeições encolheram: de 7% para 4% no mesmo período. 
  • A substituição foi puxada pelas classes sociais C, D e E.
  • Em 2022, 33,1 milhões de pessoas não tinham  garantido o que comer, o que representa 14 milhões de brasileiros a mais vivenciando a situação.
  • Mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau: leve, moderado ou grave.

Fonte: Kantar, Consumer Insights e Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de covid-19 no Brasil.

Leia mais

Alimentação e combustível representam 41% do orçamento dos brasileiros

Restaurante e tratamento de beleza aumentam PIB do ES

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: