Blitz flagra carro clonado com 163 multas e dívida de R$ 40 mil
Fiat Palio conduzido por homem de 38 anos estava com as placas e a numeração do chassi gravada nos vidros adulteradas
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Dois veículos clonados foram apreendidos na Serra em menos de seis horas. Um deles foi um Fiat Palio, conduzido por um homem de 38 anos.
Para o veículo original constam uma restrição judicial, além de 163 multas em aberto e mais de R$ 40 mil em débitos, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Durante a vistoria, constatou-se que os modelos do original e do veículo adulterado são diferentes e foram adulteradas as placas e a numeração do chassi gravada nos vidros. Os demais elementos de identificação permaneciam do veículo original.
Na segunda abordagem do Grupo de Patrulhamento Tático da PRF, na Serra, um condutor de 24 anos estava em um Ford Fiesta e fugiu ao avistar a viatura.
Ele foi alcançado e, após vistoria, constatou-se que o veículo original é de Mascote (BA). Durante as buscas no interior do veículo foi encontrada uma munição calibre ponto 40 de uso restrito.
A abordagem ao Palio foi às 17h e ao Fiesta ocorreu às 22h50 de segunda-feira (23). Os dois motoristas foram conduzidos para a 3ª Delegacia Regional da Serra.
Eles foram encaminhados ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
“O dono do veículo só descobre que o carro foi clonado, geralmente, quando começa a receber as multas. Aí, ele faz um boletim de ocorrência na Polícia Civil e as infrações são repassadas pelas polícias dos estados”, afirma o chefe do Núcleo de Fiscalização de Trânsito da delegacia PRF da Serra, Waldir Santos Soares de Mello.
Waldir destaca o trabalho da investigação. “Temos policiais altamente qualificados para o patrulhamento. Neste ano, recuperamos 74 veículos”.
O advogado de Crimes de Trânsito Fábio Marçal destaca que o motorista que tiver um carro clonado deve fazer um boletim de ocorrência na Polícia Civil.
“Em seguida, faz uma vistoria na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos para provar que o carro original é o da pessoa. E tem que abrir um incidente no Detran, de suspeita de clonagem, e fazer os recursos das multas, informando desse incidente de clonagem e provando que o veículo está aqui, não está em outro estado e tudo mais”, destaca o especialista.
Saiba mais
Lei 14.562
Passou a vigorar, desde o dia 27 de abril, a lei 14.562, que altera o artigo 311 do decreto-lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para criminalizar a conduta de quem adultera sinal identificador de veículo.
Quem cometer esse crime estará sujeito à pena de 3 a 6 anos de cadeia, além de multa. Advogado de Crimes de Trânsito, Fábio Marçal destaca que a fiança só pode ser arbitrada pelo juiz e pode chegar ao valor de até 100 salários mínimos (R$ 132.000).
Fiscalização
Em seis horas, entre 17h e 22h50 de segunda-feira (23), os condutores de um Palio e de um Fiesta foram detidos, pois os veículos eram adulterados. Os dois motoristas foram conduzidos para a 3ª Delegacia Regional da Serra. Neste ano, 74 veículos foram recuperados pelo Grupo de Patrulhamento Tático da PRF, lotados na Delegacia de Serra.
O que fazer
O advogado Fábio Marçal orienta que quem tiver um carro clonado deve fazer boletim de ocorrência na Polícia Civil. Em seguida, uma vistoria na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos para provar que o carro original é o da pessoa. Tem que abrir um incidente no Detran, de suspeita de clonagem, e fazer os recursos das multas, informando que o veículo não está em outro estado.
O especialista destaca que a vistoria e o incidente informando a suspeita de clonagem não retiram as multas. Será preciso recorrer junto ao órgão de trânsito.
Fonte: Especialistas consultados.
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