Bióloga já retirou 30 cobras de dentro de casas neste verão
Alexandra Frossard ajuda moradores da Vila de Regência, em Linhares, fazendo o resgate dos répteis e de outros animais
![Imagem ilustrativa da imagem Bióloga já retirou 30 cobras de dentro de casas neste verão](https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/1200x720/inline_00110333_00-2.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn2.tribunaonline.com.br%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00110333_00.jpg%3Fxid%3D288203%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721239691&xid=288203)
Muito ligada aos répteis, uma bióloga dedica seu tempo voluntariamente, na Vila de Regência, em Linhares, no Norte do Estado, para resgatar cobras que aparecem nas ruas ou em casas de moradores da região.
Somente durante este verão, foram cerca de 30 cobras resgatadas por ela. A “heroína dos répteis” é Alexandra Frossard, que trabalha na Vila de Regência como analista ambiental no Rio Doce, e que também é ecóloga.
De acordo com ela, o período começa a se tornar propício para a reprodução das cobras desde novembro, pouco antes do início da estação mais quente do ano, quando elas ficam mais agitadas.
Se o número de cobras na região pode assustar quem é de fora, a bióloga explica que isso faz parte de um processo natural desses répteis.
“Já retirei cerca de 30 cobras de dentro das casas neste verão. A estação reprodutiva se inicia quando começa a ficar mais quente. Então, elas ficam mais ativas, para fazer a reprodução, e acabam saindo do habitat para procurar alimentos também”, explicou.
O trabalho feito por Alexandra para resgatar cobras dentro de casas começou quando ela viu casos de moradores que matavam os animais por medo deles. Assim, ela decidiu buscar uma solução para evitar que outras cobras fossem mortas.
![Imagem ilustrativa da imagem Bióloga já retirou 30 cobras de dentro de casas neste verão](https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/0x0/inline_00110333_01.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn2.tribunaonline.com.br%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00110333_01.jpg%3Fxid%3D288204%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721239692&xid=288204)
Por meio de grupos de mensagens nas redes sociais da comunidade, Alexandra começou a publicar suas fotos cuidando dos animais e avisando que poderia fazer o resgate das cobras e de outros animais.
Nas mensagens, ela divulgou o telefone para que os moradores pudessem acioná-la quando encontrassem cobras dentro de casa.
“A região tem tanta cobra assim porque a comunidade fica em torno de uma área de conservação. É uma vila ao lado de áreas verdes. Então, as cobras vivem ali”, disse.
Quando acionada, a bióloga vai até o local e faz o resgate da cobra com um gancho próprio para a ação. Depois, leva o animal de volta para a natureza de forma segura. Quando o resgate é feito durante a noite, no entanto, ela coloca a cobra em uma caixa e leva o réptil de volta para a mata no dia seguinte.
Entre as espécies já capturadas por ela estão a cobra-cipó e a jararaca. Essa última, apesar de ser venenosa, é uma espécie tranquila, segundo Alexandra.
“São muitas espécies que já capturei na vila. A jararaca, apesar de venenosa, é muito tranquila. O comportamento do grupo da jararaca é dar três botes antes de dar o bote em que realmente morde com o veneno. A cobra-cipó tem esse nome por se confundir com os galhos na mata”, revelou.
SAIBA MAIS
Moradores matavam cobras
- Moradores da Vila de Regência, muitas vezes por medo das cobras, acabavam matando quando as encontravam.
- Sabendo dos casos de morte das cobras, a bióloga e ecóloga Alexandra Frossard resolveu fazer um trabalho voluntário, colaborando com a comunidade da vila.
Resgate, manejo e solturas
- Com o trabalho voluntário, a ecóloga vai até o local onde a cobra está, resgata com um gancho e devolve corretamente para a natureza.
- O serviço é divulgado em grupos de mensagens por aplicativo entre a comunidade da região.
Espécies já resgatadas
- Entre as espécies já resgatadas por Alexandra, estão a jararaca, a cobra-cipó e a muçurana.
Motivo do aparecimento
- O motivo apontado para o aumento de cobras nas casas ou ruas tem relação com o clima mais quente nesta época do ano, quando os animais ficam mais agitados para reprodução e também à procura de alimentos.
Fonte: Alexandra Frossard, bióloga especializada em Ecologia.
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