"Bem vindes": Professora de Vitória usa gênero neutro para saudar alunos e prefeitura é acionada
Um cumprimento feito por uma professora em uma plataforma de ensino virtual causou indignação em alguns pais de aluno. O caso aconteceu com uma professora do 6º ano de uma escola de Vitória.
A professora enviou um texto de boas vindas, dentro da plataforma utilizada pelos estudantes, aplicando o gênero neutro ao dizer “Todes bem vindes”.
A prática é incentivada pelo movimento LGBTQI+ como forma de respeitar as pessoas que não se identificam como homem e nem mulher.
O caso chamou a atenção de pais que acompanham as aulas dos filhos e eles resolveram levar a reclamação para o vereador Gilvan da Federal (Patriota). Gilvan levou o caso para debate na Câmara durante a sessão da última terça-feira (03).
O presidente da Câmara de Vitória, Davi Esmael (PSD), falou sobre o assunto e pediu esclarecimento da prefeitura.

Esmael ressaltou ainda que ele e o vereador Gilvan reconhecem o rápido posicionamento da prefeitura em retirar a postagem da plataforma de ensino virtual. "Nós agradecemos o trabalho da prefeitura e frisamos que vamos continuar fiscalizando", completou.
Questionada pelo Tribuna Online, a Secretaria de Educação de Vitória (Seme) informou, por meio de nota, que o uso da linguagem neutra não ocorre dentro das unidades de ensino da rede municipal e a escola já foi orientada quanto a não repetir o uso equivocado de uma linguagem que não é reconhecida pelas normas da Língua Portuguesa.
"A subsecretária de Gestão Pedagógica, Luana Lemos, já esteve na escola e se reuniu com a diretora e a professora que fez a postagem no AprendeVix. A professora, inclusive, declarou que não sabia se tratar de uma prática relacionada ao movimento LGBTQI+ e que utilizou a expressão porque a tem visto com frequência nas redes sociais", diz a nota.
Representantes da pasta de Promoção dos Direitos da Pessoa LGBTI+ do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Mirna Danuza e Tiago da Silva Mello consideraram a atitude dos vereadores da capital como um retrocesso.
“Apoiamos as diferenças, a democracia dentro das escolas, e respeitamos todas as pessoas e lutamos pelos direitos delas. Não vamos admitir que haja um retrocesso. Vamos lutar para que a democracia continue e que todas as pessoas possam estudar e ser respeitadas dentro da escola, independente de suas orientações sexuais ou ideologias religiosas”, afirmou Mirna.
Quer receber as últimas notícias do Tribuna online? Entre agora em um de nossos grupos de Whatsapp
Quer receber as últimas notícias do Tribuna online? Entre agora em nosso grupo do Telegram