Batalha contra o “tédio” nos relacionamentos sociais
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Como andam seus relacionamentos sociais? Você está animado em poder voltar a se encontrar com algumas pessoas ou está tendo uma certa “preguiça” em se socializar?
Um dos efeitos da pandemia de covid-19 foi o afastamento, tanto de familiares, como de amigos e vizinhos. O isolamento tem feito com que muitas pessoas, mesmo com o avanço da vacinação, tenham uma espécie de “tédio social”.
Para driblar esse fenômeno, amigos e vizinhos estão na batalha contra a apatia social.
Especialistas explicam que o tédio social se baseia no fato de certas pessoas não quererem ter um relacionamento comunitário.
“O confinamento, concomitante com o distanciamento físico, destruiu a moral de muitas pessoas. Muitas já se habituaram com o pouco contato social. Sentem uma certa preguiça de se relacionar.
Consequentemente, o resultado serão pessoas mais individualistas”, destaca a psicóloga Monique Nogueira.
Um das formas de lidar com essa apatia, segundo os especialistas, é realizar atividades que proporcionem socialização.
Isso é o que têm feito alguns amigos, familiares e vizinhos, que, aos poucos, voltam a realizar eventos sociais, como jantares, cafés e aniversários, principalmente entre os já vacinados.
Após mais de um ano e meio afastadas, sem os tradicionais churrascos, as amigas Cintia Piccinini, 43, Eliane Temponi, 59, Verônica Fernanda Ahnert, 40, Caroline Tartarotti, 42, e Keilla Viana, 45, voltaram a se reunir, no próprio condomínio onde moram.
Os encontros, segundo elas, também são marcados pela confraternização dos filhos: João Pedro, Gabriela, Lorena, Bella, Lara e Vitor.
“Tudo o que passamos afetou também as crianças. Não voltamos à rotina 'normal', mas já está uma maravilha podermos nos encontrar. O convívio social é importante para a saúde mental. Meu filho, o Vitor, reclamava muito”, conta a empresária Keilla.
Quem também está feliz em poder reencontrar as amigas e combater o tédio é a psicóloga Cintia, mãe do João Pedro e Gabriela.
“No início da pandemia, estava grávida e fiquei sem sair de casa. Precisei de ajuda. A rotina para trabalho e estudos do meu filho, além da atividade física, me ajudaram muito. Poder voltar a nos encontrar, depois da vacina, foi muito bom. O ser humano foi feito para se relacionar. Precisa disso”.
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