Avó de criança que morreu em explosão de lancha pede justiça: "Vivendo um pesadelo"

A avó de Davi Freire Zerbone, de apenas quatro anos, que morreu após a explosão de uma lancha em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, na última segunda-feira (17), diz que aguarda por justiça. Declaração foi dada em uma entrevista para a TV Tribuna.

Dona Valquíria, que só não foi na viagem com a filha e com o neto porque estava passando mal, falou sobre o momento que está vivendo.

"É um pesadelo isso tudo que aconteceu. Estou vivendo um pesadelo. Parece que minha vida desmoronou. É uma tragédia muito grande. Quando entrei no hospital e vi meu neto daquele jeito... eu só pedi a Deus para que Ele tenha misericórdia da vida da minha família", relatou ela emocionada.

"Era para a família toda estar lá, mas eu estava passando mal. Falei que não iria. Eles (filha, neto e o genro) foram comemorar a vinda do meu outro netinho que está na barriga da minha filha", lembrou dona Valquíria, citando Letícia Sampaio, de 26 anos, que está grávida de três meses e segue internada no hospital.

"Eu perdi o meu neto. Perdi a minha vida. Isso é desesperador. Eu quero justiça! Por que abasteceram a lancha com todos lá dentro? Por que o marinheiro brincou falando que a lancha poderia explodir? Por quê?", questionou.

O acidente com a lancha está sendo investigado pela Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. No entanto, o prazo de conclusão da investigação é de 90 dias.

"Eu só peço justiça. Da mesma forma que foi meu neto, poderia ser o filho de qualquer um", ressaltou dona Valquíria.

Vítimas fatais

O acidente com a lancha em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, deixou 10 capixabas feridos. Entre as vítimas, três crianças - incluindo Davi, que não resistiu aos ferimentos e morreu na última sexta-feira (21).

Quem também não resistiu foi Aleksandro Leão Vieira, de 36 anos. Ele morreu no último domingo (23).