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Cidades

Até barulho de liquidificador causa briga entre vizinhos

Móvel sendo arrastado e latido de animais lideram discussões em condomínios, segundo síndicos e gestores de edifícios


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Imagem ilustrativa da imagem Até barulho de liquidificador causa briga entre vizinhos
Juliana Lopes: “Não é possível proibir o uso do liquidificador”. |  Foto: Leone Iglesias/AT

Viver em comunidade não é fácil e se torna ainda mais difícil quando a convivência é dentro de um condomínio. Nem todos têm a mesma tolerância para  barulhos, assim como  muita gente não percebe o incômodo que isso provoca.

Barulho de liquidificador, de descarga, de salto alto e até da máquina de lavar viram motivos de queixas entre os moradores. Móveis sendo  arrastados e latido de animais lideram brigas de vizinhos por barulho, afirmam síndicos e gestores de condomínios do Estado.

“Um casal de moradores chegou a reclamar de uma família que usava o liquidificador pela manhã, por volta das 7 horas, quando as crianças estavam se arrumando para ir à escola. Esse casal alegou que o aparelho fazia muito barulho. Explicamos  que não tínhamos  como proibir o uso do aparelho”, conta a  síndica profissional e gestora condominial Juliana Monteiro.

A síndica relata também que recebe muitas reclamações sobre móveis sendo arrastados de noite. 

“As pessoas fazem faxina mais tarde e acabam empurrando muito cadeira, mesa e sofá. Isso gera reclamação”, pontua Juliana.

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De acordo com Fabiana Almeida, especialista em gestão de condomínios e síndica, atualmente entre os  barulhos  mais problemáticos estão os causados por animais. 

“Existe um número de reclamação elevado  sobre isso e não é de fácil solução, já que muitos consideram o animal parte da família”, explica Fabiana.

“Quando a reclamação é individual, chamamos os vizinhos envolvidos e falamos da importância da convivência harmoniosa, sobre o cumprimento das normas e o respeito entre a vizinhança. Tentamos resolver dessa forma”.

O presidente do Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Espírito Santo (Sipces), Gedaias Freire, revela que já recebeu queixas de moradores reclamando de um casal que, na hora da relação sexual, fazia muito barulho, com gritos e xingamentos.

“Sempre orientamos que o síndico converse com o morador. Se não resolver, precisa registrar a reclamação por escrito. Lógico que durante o dia eu posso ter um som um pouco mais elevado, mas durante a noite o silêncio tem de ser total”, frisou Gedaias.   

Por que não há liquidificador sem barulho?

Mesmo já havendo liquidificadores com menos ruído, ainda não há um aparelho totalmente silencioso. Mas  qual seria a explicação para tanto barulho?

O engenheiro eletricista Giuliano Rebuli explica que o contato das lâminas com o alimento já gera barulho por si só. “Mas, além disso, o encaixe entre o motor do liquidificador e as lâminas não é perfeito, e gera vibrações que causam barulho”.

Outra fonte de barulho   é a ventilação para resfriamento interno, de acordo com o engenheiro. 

“Uma possibilidade de reduzir esse barulho seria o uso da tecnologia de cancelamento de ruído, onde o equipamento emitiria ondas sonoras que 'cancelam' o barulho intrínseco, mas essa solução ainda é muito cara e inviável”, ressalta.

Sem negociação

Em um prédio de Cariacica, a reclamação de um morador, do andar de baixo, era por causa  do barulho que o vizinho de cima causava por lavar as vasilhas. Em uma das situações, o morador também chegou a reclamar do vizinho amolando a faca para cozinhar.

O síndico do prédio foi até o morador que causava o barulho, mas, em conversa, o morador alegou que não tinha como parar de lavar as vasilhas de casa e nem de cozinhar para agradar o vizinho.

Cachorro bravo só no colo

Em um condomínio em Vitória, a queixa dos moradores era por causa de um cachorro bravo. A dona do animal havia se mudado recentemente para o local e, mesmo usando focinheira, o cão chegou a avançar em alguns moradores.

O cachorro também latia muito, tanto no apartamento quanto nas áreas comuns. Revoltados, os moradores pediram para que o síndico resolvesse a situação. Em um primeiro momento, a moradora quis brigar com os moradores. 

Após ter tido a terceira conversa em particular com o síndico, foi decidido que ela adotaria algumas medidas de boa vizinhança, como andar com o cachorro no colo nas áreas comuns.


SAIBA MAIS


REGISTRO DE RECLAMAÇÃO EM LIVRO

Principais queixas

> Latido de cachorro

> Móveis se arrastando

> Barulho de crianças em áreas comuns

> Som alto em áreas de festa

> Barulho de obras

> Uso de salto alto

O que fazer em caso de incômodo?

É importante que o morador registre a reclamação no livro de ocorrência ou no aplicativo da administradora . Por meio do registro, o síndico pode atuar.

Cabe ao síndico cobrar que as normas sejam respeitadas, sob pena de aplicação das penalidades, que podem alcançar, de forma geral, até cinco vezes o valor da taxa condominial.

Mas há casos em que o síndico não pode atuar e pode ser buscada a reconciliação. Vale a regra de aprender  viver em coletividade.

Ruídos e uso inadequado das unidades

O proprietário ou morador não pode utilizar a sua unidade privativa como se fosse o único morador da edificação. É preciso respeitar as normas internas relacionadas ao sossego e tranquilidade dos vizinhos, evitando ruídos elevados, fumar nas varandas e janelas, dentre outros comportamentos reprováveis.

Cães e outros animais

As normas internas dos condomínios não podem proibir a presença de animais nas unidades privativas. Este é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), cabendo ao condomínio regulamentar o trânsito dos animais até a via pública, fixando regras claras e objetivas, inclusive responsabilidades do condômino ou morador em relação ao seu animal.

Fonte: Especialistas consultados e Sipces.

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