Até alpinismo será usado na restauração da Catedral de Vitória
Equipe especializada precisará acessar o telhado para trocar parafusos e telhas. Obras começam ainda neste mês
Até técnicas de alpinismo serão utilizadas nas obras de restauração da Catedral Metropolitana de Vitória, previstas para começarem este mês, com etapas a serem finalizadas já em março do ano que vem.
O governador do Estado, Renato Casagrande, e o vice-governador Ricardo Ferraço assinaram, no domingo, o termo de fomento, no valor de R$ 1,66 milhão, para as obras de restauro da Catedral Metropolitana de Vitória.
A iniciativa é fruto da parceria entre o governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de Vitória.
“A Catedral Metropolitana não é apenas uma construção. Ela representa a fé, o encontro, a tradição e a própria história de Vitória. Ao restaurá-la, estamos reafirmando o valor da nossa cultura e entregando à cidade um patrimônio renovado, sem perder sua essência”, destacou o governador.
De acordo com o padre Renato Criste, pároco da Catedral, entre as restaurações previstas estão impermeabilização da área externa superior das lajes da sacristia, secretaria e sala do batismo; reparos em áreas com infiltrações; manutenção e substituição dos parafusos do telhado por modelos em inox; além da substituição de telhas danificadas por peças idênticas às originais.
As obras de restauração vão incluir ainda pintura externa da fachada, mantendo a paleta de cores atual, e a recuperação de capitéis e bases de colunas danificadas, respeitando a arquitetura e a estética histórica da Catedral.
“Será preciso usar técnicas de alpinismo para acessar o telhado, com equipes especializadas. As atividades da Catedral não serão interrompidas”, afirmou o pároco. Segundo o padre Renato Criste, as primeiras etapas podem ser entregues em março, mas o contrato tem o prazo de um ano.
O secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha, destaca que a restauração fortalece o Centro Histórico e valoriza o patrimônio cultural da capital. “A Catedral é um dos espaços mais visitados. É importante para o Centro, que concentra patrimônios culturais”.
O arquiteto-restaurador Genildo Coelho explica que a Catedral, de estilo neogótico, foi concluída em 1970. “É um bem tombado pelo Conselho Estadual de Cultura e a restauração é um trabalho muito criterioso, para não descaracterizá-lo”.
Opiniões
"A Catedral não é apenas uma construção. Ela representa a fé e a própria história,” Renato Casagrande, governador
"É importante essa parceria com o governo do Estado para a comunidade. É um patrimônio cultural”, Renato Criste, pároco da Catedral
"A Catedral é um dos espaços mais visitados. O interesse transcende, pois conta um pouco da história”, Fabricio Noronha, secretário da Cultura
História
A Catedral Metropolitana de Vitória ocupou o lugar onde havia uma igreja chamada Igreja de Nossa Senhora da Vitória, que era a Matriz da cidade.
Era uma igreja de estilo colonial, que começou a ser edificada em 1551, quando Vitória ainda se chamava Vila Nova, no período do primeiro donatário da capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho.
Construção
1913 - O paisagista Paulo Motta (o mesmo que projetou o Parque Moscoso) faz o projeto inicial da Catedral.
1918 - As obras são paralisadas, possivelmente em consequência da 1ª Guerra Mundial.
1930 - A obra é retomada, com projeto do arquiteto André Carloni.
1930 - 1933 - São inauguradas as primeiras partes da obra.
1970 - A Catedral Metropolitana de Vitória é concluída.
Estilo
A Catedral é inspirada na Catedral de Colônia, na Alemanha.
Tem estilo neogótico, com torres que possuem pontas, o uso de vitrais, sendo uma construção mais vertical do que horizontal, por exemplo.
Restauração
Em uma parceria da entre o governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de Vitória, o governo assinou o termo de fomento, no valor de R$ 1,66 milhão, para as obras de restauro da Catedral.
Por ser tombada pelo Conselho Estadual de Cultura, as obras devem respeitar as características originais da Catedral.
Fonte: Genildo Coelho, arquiteto-restaurador.
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