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Cidades

Aprender novo idioma ajuda a evitar Alzheimer?

Especialista explica que saber uma língua a mais pode retardar em até oito anos o início da doença, além dos medicamentos


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Imagem ilustrativa da imagem Aprender novo idioma ajuda a evitar Alzheimer?
A neurologista Soo Yang Lee diz que a escolaridade também está relacionada ao risco de Alzheimer |  Foto: Aquilles Brum

Um dos tipos de demência  mais comuns é o Alzheimer. Durante este mês, especialistas chamam atenção para  a campanha Fevereiro Roxo, que alerta  sobre a importância do diagnóstico e tratamento da doença.

Mas será que é possível evitar o problema? Exercícios para o cérebro ou aprender um novo idioma ajudam a prevenir Alzheimer? 

Em entrevista ao jornal A Tribuna, no estúdio TribunaLab, a neurologista e professora Soo Yang Lee explica que saber um outro idioma  ajuda a retardar em até oito anos  o início  de uma possível doença de Alzheimer. Além disso,  usar os dois hemisférios do cérebro também auxiliam na prevenção da doença.  

 A Tribuna - Demência e Alzheimer são a mesma coisa?

Soo Yang Lee - O Alzheimer é o tipo de demência mais comum que tem. É uma doença relacionada à idade, por isso tem tantas pessoas com Alzheimer hoje em dia, porque as pessoas estão vivendo mais. Vemos pessoas vivendo facilmente até 80, 90 anos. Isso dá mais tempo de parecer a doença de Alzheimer e outras demências também, mas a mais comum é o Alzheimer.

Quais seriam os sinais do Alzheimer?

 Se a pessoa tem mais de 60 anos e começou a ter um esquecimento fora do normal, esquece a comida no fogo, repete a mesma coisa várias vezes, tem lapsos frequentes de memória, às vezes se perde na rua, começa a comprometer o trabalho, ela deve procurar um geriatra ou neurologista para observar se é o início de uma demência e se tem relação com o Alzheimer.

Como é feito o diagnóstico?

Hoje dispomos de exames específicos para doença de Alzheimer, como um exame que tira um líquido da espinha, e agora está saindo um de sangue para ver se é a doença e se ela é genética ou não, além de termos outros exames de imagem que ajudam a fechar o diagnóstico.

Quais seriam os fatores de risco ? 

A escolaridade está relacionada ao risco de Alzheimer, quanto mais baixa, maior o risco. Claro que temos vários casos da doença em pessoas com alto nível intelectual, mas o risco maior é para a baixa escolaridade. 

A doença não tem cura, mas o que pode ser feito?

Temos medicamentos que ajudam a tentar retardar a progressão do Alzheimer. E temos ainda outros tratamentos que servem como adjuvantes, além de medicamentos para tentar melhorar comportamento, sono. Hoje usamos  cannabis medicinal para tentar controlar sintomas comportamentais, não o Alzheimer.

O que fazer para tentar prevenir o Alzheimer?

Controlar as doenças crônicas, evitar cigarro e alcoolismo, praticar atividades aeróbicas regulares, ter um sono de boa qualidade, dosagem de algumas substâncias no sangue, como  homocisteína, que  aumentam a chance de desenvolver o Alzheimer.

Saber uma língua a mais ajuda a retardar em até oito anos  o início  de uma possível doença de Alzheimer.  Muita gente fala que faz palavras cruzadas e lê muito, mas é preciso usar os dois hemisférios do cérebro. Ler, escrever, fazer palavras cruzadas são do hemisfério esquerdo, que é a área racional, da lógica. É preciso também trabalhar o lado direito, que são da   arte, pintura, música. Recomendo aprender a tocar um instrumento, dançar.

É verdade que não exercitar as pernas tem relação com quadros de demência?

Sim. As pernas, principalmente as panturrilhas, são consideradas como segundo coração, elas bombeiam o sangue para o corpo todo, inclusive para o cérebro. E quando se faz atividade física, até mesmo musculação, você obriga o cérebro a aprender aquele movimento. Mas as pernas, em  específico, têm a ver com o bombeamento de sangue.

 

Tribuna Online
 

PERGUNTAS DOS LEITORES

A doença de Alzheimer é hereditária? Vale a pena fazer um teste genético? 

Andressa Moura, 41 anos, assistente administrativo

Existe o Alzheimer hereditário, que é o genético. Mas não quer dizer que se uma pessoa tem o Alzheimer, todos seus filhos terão. Para isso vão ter se herdar o gene, mas a maioria dos casos não é genético. Nos dias atuais, eu não encorajo a fazer um teste, porque não temos um remédio para prevenir.

Como a família pode lidar com quem tem Alzheimer?

Ivania Rodrigues, 49 anos, porteiro

 Muitas vezes o paciente se fecha mais porque a família fala: 'você já falou isso', 'não é assim'. Isso pode fazer o paciente se retrair. O que eu sempre recomendo é não bater de frente, porque isso entristece o paciente. O cuidador e a família  também precisam de cuidado. Conseguir alguém para ajudar nas tarefas de casa, fazer atividade física e cuidar da saúde mental pode ajudar esse cuidador.

FIQUE POR DENTRO

A Doença de Alzheimer  é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória. Geralmente, se manifesta após os 60 anos de idade.

O Alzheimer destrói as funções do cérebro e não tem cura. A doença possui as fases leve, moderada e grave. O comprometimento funcional é o que determina em qual delas o paciente está inserido.

A causa ainda é desconhecida, sendo o Alzheimer a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade.

Quanto maior for a estimulação cerebral da pessoa, maior será o número de conexões criadas entre as células nervosas, chamadas neurônios. Esses novos caminhos criados ampliam a possibilidade de contornar as lesões cerebrais.

Homocisteína - Aminoácido presente no plasma do sangue, que se forma pela ingestão de proteína.

Cannabis medicinal -  Componentes extraídos da maconha, sendo um dos mais conhecidos o CBD (canabidiol).

NÚMEROS

1 milhão de brasileiros sofrem com algum tipo de demência

60% dos casos de demência  são da doença de Alzheimer

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