Após novas regras, mais jovens buscam por cirurgia bariátrica
Novas regras ampliam acesso à bariátrica para adolescentes a partir de 14 anos; especialistas alertam para avaliação criteriosa e resultados promissor
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Desde maio, novas regras e parâmetros estão valendo para a cirurgia bariátrica e metabólica em adultos e adolescentes.
Entre as principais mudanças está a ampliação das recomendações do procedimento, que permite que pessoas com um IMC (Índice de Massa Corporal) menor e adolescentes a partir de 14 anos sejam submetidos à cirurgia.
A mudança, segundo especialistas, tem aumentado a procura de adolescentes pelo procedimento.
“Lembrando que os critérios são mais rígidos para essa faixa etária, porém são permitidos. Precisamos estar atentos porque a obesidade, em pacientes com 16 anos, não é menos perigosa do que quando o paciente tem 18 ou 20 anos”, destaca o cirurgião e nutrólogo Roger Bongestab.
Apesar da procura, o especialista destaca que os pacientes que se encaixam nas novas regras precisam passar por avaliações de equipes multidisciplinares para serem aprovados com laudo.
Resultados
Estudos apontam, segundo o presidente do capítulo estadual da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Gustavo Peixoto, que a cirurgia bariátrica é “muito mais eficiente e efetiva do que qualquer medicamento para a obesidade”.
“Primeiro por conta do custo (dos medicamentos), que poucos pacientes conseguem sustentar em longo prazo. E porque sabemos que o paciente que faz o tratamento durante um ou dois anos, depois que ele para, um ano após parar, metade desses pacientes já engordaram novamente. Já os pacientes bariátricos sustentam a perda de peso em longo prazo”.
Peixoto aponta que, em média, um paciente que fez a cirurgia tem até cinco vezes mais resultados do que aquele paciente que faz uso da medicação.
“Só que a cirurgia não é para todos. Aqueles casos com obesidade leve são elegíveis para o tratamento medicamentoso. Para o obeso mórbido ou obeso grau dois com doença associada, a cirurgia é mais eficiente. São tratamentos complementares e não concorrem”.
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