Alunos da Ufes protestam contra mudanças no Restaurante Universitário
Pela manhã, os estudantes realizaram um "roletaço", garantindo o consumo gratuito do almoço fornecido no local para todos os presentes
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Estudantes do campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) realizam, nesta segunda-feira (29), uma série de atos contra mudanças no Restaurante Universitário.
Convocados por organizações estudantis através das redes sociais, os alunos protestam contra um possível aumento na altura das roletas de entrada no espaço, além das punições contra estudantes que burlam o mecanismo de cobrança para alimentação no local.
Entre as reinvindicações também estão a redução do preço das refeições, que é um dos maiores entre as Universidades Federais do Brasil, melhores condições de higiene e também em favor dos funcionários que atuam no restaurante.
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Pela manhã, os estudantes realizaram um "roletaço", garantindo o consumo gratuito do almoço fornecido no local para todos os presentes. Um aluno da instituição, que não quis se identificar, afirmou que não houve nenhum tipo de repressão ao ato por parte de outros universitários. "Os estudantes receberam bem e não vi ninguém efetuando o pagamento, visto que o ato era 'roletar' ou passar pela porta sem pagamento", contou.
Em resposta à primeira manifestação, a Administração Central da Ufes, em nota, comunicou a suspensão das atividades do Restaurante Universitário na noite desta segunda-feira (29) e durante toda a terça-feira (30), nos campi de Goiabeiras e Maruípe.
Confira o trecho da nota:
A suspensão das atividades é uma medida necessária para que se restabeleçam as condições de segurança, de trabalho e de organização adequada do fluxo de fornecimento das refeições, comprometidas na manhã de hoje por uma manifestação de estudantes no Restaurante Universitário de Goiabeiras, que inviabilizam as condições de trabalho da equipe e podem trazer risco para a segurança dos estudantes e servidores no local.
Novas manifestações
No início da noite, novas manifestações foram realizadas e uma assembleia geral extraordinária foi convocada pelo Diretório Central dos Estudantes da Ufes (DCE). Em seguida, um grupo de alunos cercou o carro do reitor Paulo Vargas, que precisou sair escoltado pela Polícia Militar. Após o ocorrido, transmitido através das redes sociais, os estudantes afirmaram que irão passar a noite na instituição e que as manifestações continuarão.
Em uma nova nota, a Ufes anunciou que formou um grupo de trabalho para estudar soluções para a melhoria no acesso e no atendimento dos restaurantes universitários e que, ainda na tarde desta segunda, realizou uma reunião com representantes das entidades representativas envolvidas no ato.
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