Agricultora adota galinha como pet: "Me livrou da depressão"
Silvia Barnabé recebeu a ave de presente de amigos. Hoje, elas são amigas inseparáveis. A galinha tem até cama só dela
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Para superar a depressão, a agricultora Silvia Renata Barnabé, de 44 anos, adotou uma galinha, a Julieta. Entrosadas, elas até assistem TV juntas em casa, no centro de Alfredo Chaves, na região serrana do Estado.
“Adotar a Julieta me livrou da depressão. Antes, eu andava triste, em tratamento. Hoje estou bem melhor, os animais são milagres de Deus”, disse a agricultora.
Silvia Renata contou que ganhou a galinha da raça garnisé no começo deste ano, de um casal de amiLgos. Desde então, a ave recebe os cuidados de um pet comum: vive dentro de casa, come ração e milho especial e até tem uma caminha.
“Meus amigos Sandra e Fernanda que me presentearam. Naquele dia, eu não ganhei só um presente, ganhei uma companheira. Ela tem até uma caminha para nanar. Ela deita e é muito boazinha, gosta de carinho”, relatou.
Mas quem pensa que a galinha está sempre de bom humor, está enganado. Ela é dócil, mas às vezes é “geniosa”, principalmente quando esta prestes a botar ovos, de acordo com a tutora.
“A Julieta deixa a gente fazer carinho nela. Às vezes, sobe na cabeça de alguém e assiste televisão com a gente, mas quando quer atenção fica cacarejando o tempo inteiro”, contou Silvia Renata.
Mesmo com a mulher sempre por perto, Julieta sente ciúme da tutora. “Ela tem ciúme, mas vive grudada em mim. A Julieta é praticamente a minha filha”. Para a agricultora, ela e a galinha têm um grande laço afetivo.
“Eu amo muito. Ela é a minha melhor parte. Gosto muito dela e ela gosta de mim também. Dá para ver que nosso amor é verdadeiro. Ela brinca muito comigo”, disse.
Segundo a psicóloga Marta Fornaciari, a companhia constante de um animal de estimação oferece apoio emocional incondicional, proporcionando conforto nos momentos difíceis. “Os animais não fazem julgamentos. São companheiros que escutam sem criticar”.
Saiba mais
300 milhões sofrem do transtorno
- Doença
A depressão é um transtorno mental associado a sentimentos de incapacidade, irritabilidade, pessimismo, isolamento social, perda de prazer, déficit cognitivo (memória e raciocínio ficam prejudicados), baixa autoestima, que interferem na vida diária.
Ela afeta as capacidades de trabalhar, dormir, estudar, comer, socializar, entre outros. O transtorno é caracterizado por sentimentos negativos e que persistem por pelo menos duas semanas, causando prejuízos.
Na América Latina, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão, além de ser o 2º país com maior prevalência nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde.
- Gatilhos
Ao longo da vida, diversos eventos podem ser os gatilhos para um episódio depressivo: traumas na infância, perda de pessoas queridas, mudanças significativas na rotina, uso de substâncias psicoativas e outros.
Fonte: Ministério da Saúde
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