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Cidades

Ação de golpistas: família de médico faz apelo após prejuízo milionário

Médico foi vítima de fraude envolvendo aplicações e investimentos financeiros


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Imagem ilustrativa da imagem Ação de golpistas: família de médico faz apelo após prejuízo milionário
Adriano Batistuta foi vítima de fraude envolvendo investimentos |  Foto: Acervo pessoal

“Há dois anos e meio, fui vítima de um golpe e o estelionatário ainda está à solta em Vitória, fazendo novas vítimas. Preciso da sua ajuda para impedir que mais pessoas sejam prejudicadas. Peço às autoridades e à Polícia Civil que tomem providências imediatas”.

Com essas e outras palavras, o cirurgião plástico Adriano Batistuta e a sua esposa, a empresária Thais Lopes, usaram as redes sociais para fazerem um apelo por justiça.

O médico acumula um prejuízo milionário em fraude envolvendo aplicações e investimentos financeiros, cuja quantia não está sendo revelada a pedido da família.

Em um dos trechos de um vídeo publicado no Instagram na última quarta-feira, a empresária disse:

“O Adriano confiou na palavra dessa pessoa assim como vários empresários, aposentados, pensionistas, pessoas humildes, mas se tratava de um golpe. Um rombo financeiro foi feito com várias pessoas”, lamentou.

A empresária falou ainda sobre projetos do marido. “Não é segredo para ninguém que o maior sonho do Adriano é tentar terminar de construir a casa dele. Adriano pegou esse dinheiro e investiu tudo com a promessa que esse dinheiro duplicaria”.

À reportagem, a advogada Cecília Machado, contratada pela família do médico, contou que as desconfianças começaram quando o cirurgião pediu para resgatar o dinheiro, sem êxito.

“Averiguamos os antecedentes dele e descobrimos diversos registros policiais por prática de crimes de estelionato contra várias vítimas e vimos que ele respondia a inquéritos policiais e processos criminais pelo mesmo crime”, contou a advogada.

Fraude

Diante dos indícios de fraude, o caso foi denunciado à Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa) em agosto do ano passado.

“A família do médico pede encarecidamente que a Polícia Civil tome atitudes urgentes para a apreensão dele, tendo em vista as informações de que o estelionatário encontra-se em Vitória”.

Ainda segundo ela, desde a última quarta-feira, quando foi feita a postagem, dezenas de pessoas estão mandando mensagens no direct de Adriano Batistuta e de Thais informando que foram vítimas ou conhecem alguém que foi.

Cecília revela que o último contato do acusado com o seu cliente foi há aproximadamente dois meses. “O estelionatário pediu para encontrar o Adriano, mas o encontro, até o momento, não aconteceu. Queremos justiça”.

Acusado na mira da polícia

Diante do apelo da família do cirurgião plástico Adriano Batistuta pela prisão do acusado de fraude, a reportagem fez contato com o delegado Fabiano Alves Azevedo de Melo, titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), para saber sobre os rumos da investigação.

O delegado confirmou que a investigação está em andamento e que por isso mais detalhes não podem ser informados para não prejudicar o trabalho.

Além disso, ele contou que o mesmo acusado que é investigado como possível autor do crime sofrido pelo médico Adriano Batistuta já foi investigado pela Defa em outros inquéritos policiais.

Ainda de acordo com o delegado, três inquéritos policiais já foram finalizados e encaminhados ao Poder Judiciário com representação pela prisão preventiva desse investigado. A reportagem apurou que até o momento nenhum mandado de prisão foi expedido.

O delegado aproveita para alertar sobre promessas de rendimentos financeiros muito altos, acima do que é praticado pelo mercado financeiro.

Além disso, ele sugere que as pessoas busquem informações sobre o suposto investidor, se a empresa é idônea, antes de investir qualquer quantia.

Ele contou que há outros casos sendo investigados de outros acusados, mas os detalhes também não foram informados por questões estratégicas.


Entenda o caso

Homem disse que era economista

- Apresentado ao acusado

Em abril de 2020, o cirurgião plástico Adriano Batistuta foi apresentado ao suposto investidor, que afirmava ser economista especialista em investimentos financeiros, segundo conta a advogada do médico, Cecília Machado.

- Resultados nos investimentos

Nas conversas, o acusado dizia que vinha apresentando excelentes resultados nos investimentos financeiros para muitos clientes e, desta forma, estava ganhando muito dinheiro.

O cirurgião plástico passou o seu número para melhor conhecer as propostas e, após contatos pelo WhatsApp, foi fechando contratos.

- Pedido de resgate

Em determinado momento, como relembra a advogada, o cirurgião solicitou o resgate dos valores correspondentes aos seus investimentos. No entanto, a advogada conta que o acusado sempre usava o mesmo argumento de que estava obtendo excelentes resultados, desencorajando o médico a resgatar os valores.

- Conta aberta em plataforma

Para movimentar outras quantias e obter maiores retornos financeiros, o cirurgião abriu uma conta em uma plataforma de investimento. Desta vez, realizando depósitos bancários milionários.

- Denúncia à polícia

Depois de prejuízos acumulados, o caso foi denunciado à Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), em agosto do ano passado.

O caso segue em investigação. O nome do acusado não está sendo revelado pois ele não foi preso nem condenado.

- Reportagem

No dia 24 de maio deste ano foi publicada uma reportagem especial sobre o caso.

Fonte: Advogada Cecília Machado e pesquisa A Tribuna.

Pena de até 8 anos de prisão

- Foi vítima?

Quem foi vítima de golpes deve procurar a polícia imediatamente. Os boletins de ocorrência podem ser registrados em qualquer delegacia. Posteriormente, eles são encaminhados para Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), que é responsável por investigar casos que possuem maior complexidade.

- Crime

Ao comprovar o estelionato, o acusado, se condenado, pode pegar de um 1 ano a 5 anos de reclusão ou, nos casos mais graves, de 4 anos a 8 anos de reclusão.

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