"A igreja que decide se eu permaneço ou não", diz pastor afastado pela Justiça
Usiel Carneiro usou as redes sociais para falar sobre as acusações de ex-membros da Igreja Batista da Praia do Canto
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O pastor Usiel Carneiro usou as redes sociais para falar sobre as acusações que tem recebido de um grupo de ex-membros da Igreja Batista da Praia do Canto (IBPC), que move uma ação judicial contra ele e conseguiu o afastamento do líder da instituição.
De acordo com a sentença judicial, o pastor é acusado de “divergências inaceitáveis” com a doutrina da igreja. Ele recorre da liminar na Justiça e declarou durante uma live em seu perfil do Instagram que irá continuar à frente da igreja.
Usiel negou a veracidade das acusações e disse que já apresentou provas claras de que elas não têm fundamento. "As muitas acusações que eles levantaram contra mim eu enfrentei publicamente, não me eximi de nenhuma delas".
Segundo ele, há dois anos o grupo de membros o acusa de estar em contradição com as doutrinas batistas. "Todavia em nenhum momento puderam indicar que doutrina eu estaria afrontando", afirmou.
Ele explicou que a igreja tem alguns pastores com ideias calvinistas e outros de pensamento mais pentecostal, havendo liberdade para tais diferenças. Segundo ele, a Igreja Batista é autônoma, e dessa forma, livre na interpretação que faz das escrituras.
O grupo foi excluído da igreja e entrou na Justiça contra a permanência do pastor. Uma primeira liminar o impede de exercer funções administrativas no local. Usiel segue afastado da igreja, e não comandou o culto deste domingo (12), mas afirmou que seguirá a frente da unidade, mesmo após o agravo na segunda instância.
"A decisão nessa última liminar chega a termos bem graves, inclusive reivindicando um novo presidente pra igreja", explicou. "Por que toda essa perseguição, por que toda essa briga?", indagou ele durante a transmissão.
Usiel afirmou que tem o apoio da igreja. "Tenho o abraço dessa igreja. É essa igreja que decide se eu permaneço ou não como pastor dela", declarou.
Usiel afirmou ainda que não precisa da concordância das autoridades para seguir à frente da igreja. "Não preciso da concordância da Convenção Batista do Espirito Santo, não preciso da concordância da Convenção Batista Brasileira, não preciso da concordância de autoridade alguma. Estou certo do que o evangelho tem me convidado a pregar e fazer e é nessa direção que vou seguir enquanto a IBPC me quiser como seu pastor", completou.
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