Capixaba faz sucesso com sincerocídio
Um novo vírus atacou algumas celebridades das redes sociais e uma capixaba foi infectada. O vírus do sincerocídio. Agora, influencers bem-sucedidos estão postando tudo o que realmente pensam. Seus fãs estão estarrecidos!
Mas isso, claro, é somente na ficção. Na Instasérie “Desbloqueie-se”, a capixaba Andressa Trancoso interpreta uma famosa virtual. Mel, sua personagem, faz a linha zen: está sempre tranquila, nada a abala e ela aconselha seus seguidores a confiar no destino.
Isso tudo até uma malfadada festinha com outros influencers. Lá, todos são infectados pelo tal vírus, que os transforma em sincerões. Será que o que postavam era a mais pura verdade?
“A gente sabe que a vida que é retratada no Instagram não é a vida real. Nada é tão perfeito assim! Essa série faz uma crítica de uma forma leve, cômica, que é muito atual. Porque ninguém quer mostrar suas tristezas, problemas”, acredita a atriz.
No caso de sua personagem, ela se revela bem diferente. “Ela não é tão zen quanto parece. Para dizer a verdade, ela se irrita e perde a paciência bem rápido. Ela não está sempre com os chakras equilibrados”, conta, aos risos.
Radicada no Rio de Janeiro há 4 anos, a capixaba de 27 anos diz, no bate-papo com o AT2, que sente saudades dos amigos e, principalmente, da mãe e do irmão, que moram em Jucutuquara. “É difícil passar os aniversários, o meu e os de todos que me são tão queridos, longe. Agora o Natal é sagrado! No Natal, eu sempre estou aí. Preciso passar com eles!”, confessou.
Andressa Tancoso | Atriz “É muita correria e pouco glamour”
AT2: O que considera mais atual na Instasérie “Desbloqueie-se”?
Andressa Trancoso: Bom, a trama segue seis influencers que participam de uma festinha na casa de um deles. Nessa festa, eles contraem o vírus do sincerocídio. (Risos) E, depois dessa festa, só verdades são trazidas à tona. Eles começam a dizer o que realmente pensam nos seus publiposts, mostram como realmente são. E tudo isso é muito atual.
Muitos acham que a vida de uma atriz é puro glamour. Qual é a real?
(Risos) Realmente, existe essa visão um pouco romantizada sobre a vida dos atores, especialmente aqueles que estão na TV.
A real é que a vida de um ator é muita correria e pouco glamour. É preciso muito estudo para interpretar uma personagem. E, muitas vezes, é preciso ter vários trabalhos ao mesmo tempo para conseguir se manter. Em setembro do ano passado, eu estava em três peças diferentes ao mesmo tempo.
Fala sobre sua personagem? Quem é a Mel?
A Mel é aquela pessoa desapegada, que está sempre com todos os chakras equilibrados em qualquer momento do dia, é zen.
Há algo de Andressa nela?
Um pouquinho. (Risos) Olha, eu vou te dizer que eu procuro ser uma pessoa equilibrada, é algo que eu busco. Mas, você sabe, ninguém é perfeito, em algumas situações não dá para manter a calma. Não dá para ter os chakras equilibrados o dia inteiro. (Risos)
E se você contraísse o vírus do sincerocídio?
Nossa! Vou ter que pensar agora. (Risos) Eu já sou muito sincera. Mas eu também sou muito delicada, eu tenho muito cuidado para falar as coisas. Sou fofinha para falar. (Risos) Acho que, se eu pegasse esse vírus, ia dizer na lata, sem filtros.
Como lida com as redes sociais?
Bom, já teve um momento que isso virou uma grande questão para mim, para o meu emocional, algo que não estava sendo legal. Então, eu decidi diminuir o meu acesso, porque isso pode trazer uma certa ansiedade.
Agora que eu tenho esse entendimento de que ninguém é exatamente como posta, que eu tenho essa consciência, eu aprendi a lidar melhor com elas. No meu trabalho, é preciso ter uma rede social, é uma ferramenta de divulgação do meu trabalho. Então, a minha relação é mais saudável hoje.
Foi para o Rio de Janeiro há 4 anos. Como foi isso?
Foi uma loucura! (Risos) Eu vim com 23 anos e eu queria ter vindo antes, mas os meus pais me achavam muito nova. Então, quando acabei o meu curso de Artes Dramáticas na Fafi, decidi: “Eu vou”.
Eu queria fazer faculdade de Teatro. Mas foi difícil, nem tudo são flores. A adaptação foi muito complicada. Até achar o meu lugar, encontrar pessoas para dividir um apartamento que fizessem com que eu me sentisse em casa, foi muito complicado.
Quando viu que seria atriz?
Quando eu fiz o primeiro teste, para entrar na aula de Teatro, aos 17 anos, vi que era isso. Então, fiz o curso de Iniciação Teatral. E, com 18 anos, pisei no palco pela primeira vez, em um espetáculo do saudoso Wilson Nunes, que faleceu no ano passado e que foi uma pessoa muito importante na minha vida. Ali vi que não tinha mais outra opção. Esse era o meu caminho.
E quando pensou “eu estava certa”? Após qual conquista?
Quando eu fiz a minha primeira peça profissional no Rio, quando vi um holofote sendo direcionado para mim. Mas, a cada conquista, a cada peça, a cada pisada no palco, eu me sinto ainda mais fortalecida.
A família está aqui em Vitória. Como é isso?
Todos estão aí. A minha família, os meus amigos, aqueles amigos de infância que a gente leva para a vida toda... A minha família mora em Jucutuquara e é deles que eu sinto mais saudade.
Nos momentos de alegria ou de dificuldade, a gente quer compartilhar com a família. É difícil ficar longe da minha mãe e do meu irmão. O meu pai, eu perdi no ano passado.
Eu estava em Vitória quando ele faleceu. Mas, duas semanas depois, precisei voltar para o Rio.
É difícil não estar presente sempre. Mas, no Natal, não tem conversa! Estou aí! (Risos)
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