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Eleições 2020

Candidatos casados são maioria no Estado nas eleições deste ano


Imagem ilustrativa da imagem Candidatos casados são maioria no Estado nas eleições deste ano
Paulo Edgar Resende aponta que muitos candidatos vão tentar tirar vantagem política do fato de serem casados |  Foto: Dayana Souza - 12/07/2017

O número de candidatos casados no Espírito Santo diminuiu desde a eleição municipal de 2016, quando representavam 61% daqueles que tentavam vaga para vereador e prefeito.

Em 2020, esse percentual caiu para 57,16%, mas os concorrentes neste estado civil continuam a ser maioria no pleito.

São 6.388 dos mais de 12 mil candidatos. Os solteiros são 2.697 (25,78%), divorciados 989 (9,45%), viúvos 232 (2,22%) e os separados judicialmente – espécie de pré-divórcio – são 156 (1,49%).

Apesar de não ser o fator principal para os eleitores fazerem suas escolhas, o fato de os candidatos serem casados pode pesar para alguns grupos do eleitorado. É o que analisa o cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Ricardo Ismael.

“Dentro de uma eleição se tem critérios de decisão do voto. Uns tem critérios ideológicos, de candidatos que representem seus interesses. Para outros que não haja nenhuma mancha na questão da corrupção, e há eleitores que defendem a questão da família tradicional. Para esses conta positivamente o candidato ser casado”, diz.

Para o professor, porém, trabalhar a questão da família nas propagandas eleitorais sempre foi uma praxe, tanto de candidatos do espectro político mais à direita, quanto dos mais à esquerda.

“É comum na propaganda eleitoral, principalmente candidatos a prefeito, aparecerem muitas vezes com as famílias, mostrando que possuem núcleo familiar. Isso é feito por candidatos de várias tendências políticas. É uma sinalização para o eleitor”, conta Ismael.

Porém, em uma eleição municipal que sucede a ascensão do presidente Jair Bolsonaro e de uma onda conservadora em alta no País, candidatos com perfil conservador poderão associar ainda mais suas imagens ao que chamam de família tradicional.

“Estamos em um momento onde parte importante da sociedade se identifica com tais valores e esses candidatos vão querer tirar vantagem política disso”, disse o cientista político Paulo Edgar Resende, que pondera ainda:

“Mas estamos em uma sociedade múltipla, onde a homossexualidade é cada vez mais aceita, e os valores patriarcais de que só a família tradicional é aceita e o resto é anormal, não é o pensamento da sociedade inteira”.

Divorciados no Estado superam número nacional

Mesmo com os candidatos casados se mantendo em maior número na eleição deste ano, a quantidade de divorciados aumentou no Espírito Santo se comparado com o pleito municipal realizado há quatro anos.

Em 2016 eles eram 989 em todo o Estado e representavam 9,45% das candidaturas, que contou com cerca de 10 mil postulantes aos cargos de vereador e prefeitos. Em novembro próximo, serão 1.435 candidatos divorciados, que correspondem a 11,53% dos 12 mil candidatos da eleição de agora.

Nacionalmente, o número de candidatos divorciados é de 46.516 nesta eleição, o que demonstra uma proporção menor do que a do Espírito Santo. Eles representam apenas 8,41% dos 552.901 candidatos pelo Brasil afora.

Na eleição municipal passada, os divorciados eram em menor quantidade: 35.448, 7,13% do total de candidatos no País. Para o cientista político e professor da PUC-RJ, Ricardo Ismael, o fato de o candidato ser divorciado hoje não o descredencia na disputa, como já ocorrido em épocas distantes.

“Não estamos nos anos 1950, 1960 ou 1970, que havia problemas quanto as pessoas serem divorciadas, naquela época se falava desquitadas. Naquele tempo isso pesava”, conta.

A quantidade de candidatos solteiros também cresceu no Espírito Santo. Eram 2.697 (25,78%) em 2016 para 3.467 (27,86%), em 2020. Em todo o País, o número de solteiros é de 206.079, correspondente a 37,27% do total de candidaturas, proporção maior do que aqui.

Apesar de parte dos profissionais do marketing político destacarem o fato de candidatos serem casados e chefes de família, outros não são a favor desta estratégia.

“Dificilmente eu trabalharia um aspecto deste na TV ou no rádio. Beira ao desrespeito desperdiçar os preciosos momentos oferecidos ao eleitor. O povo está sofrido e precisa ser levado a sério. E o estado civil não conta nem na vida nem na política”, afirma a marqueteira Bete Rodrigues.

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