Câncer é principal causa de mortes entre pets
Por Kariny Baldan, do jornal A Tribuna
Uma doença temida em humanos também afeta os animais: o câncer. Cães e gatos podem desenvolver tumores e, portanto, os tutores devem estar atentos a nódulos e mudanças em seus companheiros peludos.
Estudos indicam que a doença já é a principal causa de morte entre cães e gatos. Segundo especialistas, isso pode estar relacionado ao aumento na expectativa de vida dos pets nas últimas décadas, já que a idade avançada é fator de risco.
A boa notícia é que os tratamentos também avançaram, garantindo maiores e melhores condições aos pets.
Mila, de 11 anos, foi diagnosticada com a doença no ano passado. A tutora, a veterinária Lysandra Barbieri, 27, conta que a peludinha estava com um nódulo na pata e teve de passar por cirurgia e quimioterapia.
“Ela reagiu bem e o tratamento foi tranquilo”, recorda. “Agora está fazendo o acompanhamento pós-quimio. Felizmente, no último exame não foi identificado câncer.”
Mila teve mastocitoma, um dos tipos de câncer mais comuns nos cães, segundo a veterinária Jéssica Miranda Cota.
“Vários tipos de câncer diagnosticados em humanos também afetam os pets. O quanto antes identificar, melhor para o paciente”, destaca Jéssica. “Muitos tutores pensam se vale a pena submeter o animal ao tratamento, mas a vida sempre vale a pena e nós conseguimos dar qualidade de vida ao animal.”
A médica veterinária oncologista Alice Corrêa Rassele Merísio reforça que “quanto antes for detectada, maior é a chance de alcançar o controle da doença”.
Nódulos, aumento de volume, feridas que não cicatrizam e alterações hematológicas (no sangue) que não respondem a tratamentos convencionais indicam possibilidade de ser um câncer, pontua Alice.
“Aqui no Estado estamos bem avançados no tratamento de câncer com tecnologias para garantir que o paciente irá passar pelo tratamento bem. A nossa prioridade é a qualidade de vida”, afirma.
As veterinárias destacam ainda a importância dos cuidados preventivos, como castração no momento apropriado, acompanhamento periódico, controle de alergia, evitar exposição solar dos que têm pelos brancos e, em gatos, evitar infecção pelos vírus FIV e Felv.