O Bayern de Munique venceu o Tigres do México, ontem, por 1 a 0, com gol mal validado pelo VAR, e mesmo sem encantar levou seu quarto título de campeão mundial de clubes - havia conquistado em 1976, 2001, 2013 e 2020. Algo já esperado, fosse quem fosse seu adversário em função do maior poderio econômico — a gente sabe. Aliás, neste ponto, a superioridade não é só do time alemão, em si, mas do representante do continente europeu.
Qualquer outro entre os seis primeiros do ranking da Uefa teria semelhante facilidade. E a prova maior é o placar de 13 a 1 em favor dos europeus nas últimas 14 edições do Mundial.
Mas, para nós, a discussão por ora me parece outra. Porque o fato de o Palmeiras não ter feito o esperado duelo entre sul-americanos e europeus embute um dado talvez emblemático — e de responsabilidade exclusiva da Conmebol.
Nas dez edições entre 2005 e 2015, apenas duas vezes um clube sul-americano deixou de fazer a final — por acaso, brasileiros: Internacional, em 2010, e Atlético/MG, em 2013.
E nas cinco outras, entre 2016 e 2020, em três os sul-americanos caíram nas semifinais: o Atlético Nacional, em 2016, o River Plate, em 2018, e agora o Palmeiras, batido pelos mexicanos.
Mudança
E este é o detalhe: 2016 é o ano que marca a mudança no calendário de competições da Conmebol, que resolveu alongá-lo, passando as finais das Libertadores e Sul-Americana para o final da temporada e não mais no meio do ano. Ou seja: em cinco anos, os campeões do continente experimentaram um dissabor que nos dez anos anteriores só havia ocorrido duas vezes.
Os desgastes físico e emocional dos play-offs do torneio, em paralelo à fase final do Brasileiro e até da Copa do Brasil, minam a energia de tal forma que sequer é possível festejar a conquista do título que os leva ao Mundial.
Isso, no mínimo, iguala forças competitivas dos sul-americanos com a de asiáticos, africanos e mexicanos.
Já escrevi e repito: o time do Palmeiras não é o melhor do continente. Mas, mesmo desfalcado de jogadores estratégicos, a falta de ímpeto vista os jogos contra o Tigres e Al Ahly tem mais a ver com problemas relacionados à cabeça do que aos pés...
Brasileirão
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