Tecnologia ajudou polícia a encontrar suspeito de matar torcedora do Palmeiras
O homem é um professor, de 33 anos, e teve a prisão temporária decretada
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A Polícia Civil de São Paulo identificou o torcedor do Flamengo suspeito pela morte de Gabriela Anelli Marchiano, de 23 anos, com auxílio do reconhecimento facial utilizado para acesso ao estádio do Palmeiras.
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O suspeito, que é professor, tem 33 anos e mora no Rio de Janeiro, teve a prisão temporária decretada. Ele foi detido no bairro de Campo Grande, zona oeste do Rio.
Segundo Ivalda Aleixo, delegada-chefe do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), ele não reagiu à prisão e permanecei calado. A polícia não informou se o suspeito apresentou advogado.
O suspeito deve chegar a São Paulo ainda nesta terça-feira (25).
A principal prova contra ele é um vídeo que o mostra arremessando uma garrafa de vidro contra torcedores do Palmeiras perto da divisão das torcidas. O homem teria pegado a garrafa no chão e atirado.
A polícia excluiu a possibilidade de um palmeirense ter atirado o objeto que feriu Gabriela no pescoço, já que a perícia utilizou a sincronização do som para apontar de onde partiu a garrada e em qual momento acertou a vítima.
A garrafa teria se espatifado ao bater em um tapume de ferro e seus estilhaços atingido a palmeirense. A jovem apresentava um corte de 3 cm no pescoço, segundo a polícia.
Conforme a Polícia Civil, a reconstituição virtual realizada com imagens obtidas nos momentos que antecederam a morte de Gabriela indicam que apenas o flamenguista atirou garrafas naquela direção.
Com essa conclusão, o próximo passo foi seguir o trajeto feito por ele até ingressar no estádio.
Segundo a Polícia Civil, imagens mostram que o homem chegou a trocar de camiseta. Ele usava uma na cor cinza ao atirar a garrafa e já usava com uma do Flamengo ao acessar o estádio. A polícia, no entanto, não acreditar que a troca foi maneira de se livrar do crime.
A investigação então verificou diversas imagens do Allianz Parque até identificar e chegar ao preso.
"Toda pessoa que entra no estádio tem a sua imagem colhida. Se ele já é cadastrado, há biometria, comparação. Nós tivemos que analisar milhares e milhares de imagens até chegar e separar para poder fazer a comparação com a imagem que nós tínhamos na gravação [do homem atirando a garrafa]", explicou o delegado Antônio Carlos Desgualdo sobre a linha de raciocínio para apontar o suspeito.
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