Suspeita de mandar matar mãe que caminhava com filho no Rio não deve se entregar, afirma delegado
A Polícia Civil segue em busca de Gabrielle Cristina Pinheiro Rosário, suspeita de mandar assassinar Laís de Oliveira Gomes Pereira, morta no último dia 4 de novembro com um tiro na nuca. Segundo o delegado Robinson Gomes, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), os advogados de Gabrielle afirmaram que ela não tem a intenção de se entregar.
“Eles falaram que ela não tem a intenção de se entregar. Com mandado de prisão em aberto, essa fuga dá mais base para a gente solicitar a preventiva dela”, afirmou o delegado em entrevista ao RJ1, da TV Globo.
De acordo com a Polícia Civil, os agentes foram até a casa de Gabrielle na última quinta-feira, 6, para cumprir o mandado de busca e apreensão. No local, foram recebidos pelo namorado da suspeita e ex-marido da vítima, Lucas Soares Ramos.
Ele informou que Gabrielle não estava em casa e provavelmente teria ido para a casa da mãe dela, em Duque de Caxias. Os policiais tentaram contato com familiares, mas não tiveram retorno.
Mais tarde, os agentes ligaram para Lucas, que informou que Gabrielle estaria escondida na casa de uma amiga localizada em área dominada pelo Comando Vermelho.
A Justiça acatou o pedido de prisão preventiva após o avanço das investigações sobre o assassinato de Laís, morta com um tiro na nuca enquanto empurrava o carrinho do filho de um ano e oito meses, em Sepetiba.
Segundo o boletim de ocorrência, há fortes indícios de que Gabrielle tenha sido a mandante do crime, motivado por desavenças antigas relacionadas à guarda da filha de 4 anos.
Depoimentos de familiares e testemunhas apontam que Gabrielle mantinha conflitos constantes com Laís e teria feito ameaças. O irmão da vítima relatou à polícia que as divergências eram antigas e ligadas à convivência com a criança. Amigas e parentes também descreveram a investigada como “controladora” e “obsessiva” em relação à menina.
Lucas confirmou à polícia que havia desavenças entre Gabrielle e Laís, mas afirmou nunca ter ouvido da companheira qualquer intenção de prejudicar a vítima. Ele contou que ficou “muito surpreso e abalado” com a morte de Laís por jamais imaginar algo dessa gravidade e negou qualquer envolvimento na morte da ex.
Segundo os relatos familiares, a situação se agravou quando Lucas iniciou o relacionamento com Gabrielle.
Segundo familiares, Gabrielle obrigava a criança a chamá-la de mãe, e a menina passou a se referir à madrasta como “mamãe Gabi”.
Além de Gabrielle, também teve prisão decretada Davi de Souza Malto, apontado como executor do crime. Imagens de câmeras de segurança e depoimentos levaram à identificação de Malto e de Erick Santos Maria Lasnor, que conduziu a motocicleta usada no homicídio e se apresentou espontaneamente à polícia. Erick afirmou ter sido coagido por Malto a participar da ação e o reconheceu como o atirador.
Malto foi preso depois de uma denúncia feita pela própria mãe. A mãe de Davi de Souza Malto, autor dos disparos, Kelly Silva de Souza, afirmou que reconheceu o filho pelas imagens.
O Disque Denúncia do Rio de Janeiro divulgou nesta terça-feira, 11, a foto de Gabrielle. É possível denunciar a localização da suspeita de forma anônima pelo WhatsApp através do número (21) 2253-1177 ou pelos números (21) 2253-1177 e 0300 253 1177. Também é possível enviar informações através do aplicativo Disque Denúncia RJ.
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