Relatório final sobre morte de Marília Mendonça é divulgado. Veja o que ele diz
Nem a mãe de Marília Mendonça nem seu irmão compareceram à leitura do documento
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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou nesta segunda-feira (15) o relatório final das investigações do acidente aéreo que causou a morte da cantora Marília Mendonça. Ela e outras quatro pessoas morreram no dia 5 de novembro de 2021 após a aeronave cair em em Minas Gerais.
Nem a mãe de Marília, Dona Ruth, e nem o irmão da artista compareceram à sede do Cenipa, responsável pela investigação de acidentes aéreos, em Brasília.
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Segundo informações, as investigações buscaram elaborar hipóteses para entender o que aconteceu e não buscar um culpado pela causa do acidente, ou seja, o objetivo é preservar vidas e evitar que novos acidentes aconteçam.
O advogado da família, Robson Cunha, contou em coletiva de imprensa que o relatório diz que o "fator preponderante" para o acidente foi a colisão com cabos de energia. A aeronave colidiu com uma linha de distribuição de energia da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) antes de cair.
"O que ficou claro é que a aeronave não teve nenhuma falha mecânica, As opções e as decisões tomadas pelo piloto na ocasião não foram tidas como irregulares. Ainda que ele tenha mudado o plano de voo, estava dentro daquilo que é de possibilidade do piloto, então a gente vai agora para a questão do obstáculo", disse Cunha.
Relatório final
O relatório afirma que o avião saiu do Aeródromo Santa Genoveva, em Goiânia, com destino ao Aeródromo de Caratinga (MG), às 16h02, com dois pilotos e três passageiros a bordo.
Na fase de aproximação, a aeronave colidiu contra uma linha de distribuição de energia, tendo danos substanciais. Todas as pessoas a bordo sofreram lesões fatais.
Segundo o laudo, não houve falha humana, já que as decisões por parte do piloto não demonstraram erro. Mas também não foi constatada falha mecânica. Essas informações são do Metrópoles.
Antes da leitura do laudo aos advogados dos familiares das vítimas, os oficiais da Aeronáutica recomendaram que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) reforçasse a sinalização das redes de alta tensão, principalmente naquelas que guardam proximidade com o espaço aéreo por onde as aeronaves sobrevoam.
Vitória Medeiros, filha de Geraldo Martins de Medeiros Júnior, 56, piloto que conduzia o avião em que estava a cantora, disse em 2021 que processaria a Cemig, responsável pela torre de distribuição que teve o cabo atingido pela aeronave, na cidade de Caratinga.
Em 2022, o relatório preliminar da Cenipa informou que o avião colidiu com uma das linhas de distribuição de energia da Cemig durante sua descida para pouso. Um cabo foi encontrado em uma das hélices da aeronave, porém, peritos particulares contratados pela família da artista verificaram que a torre contra a qual o avião colidiu não possuía sinalização.
À época, a Polícia Civil de Minas Gerais apurou que o piloto da aeronave teria seguido o padrão de pouso do aeródromo e que ele se aproximou pelo lado certo, mas "se afastou muito" do local recomendado e saiu da zona de proteção. Uma das hipóteses da polícia era de que o piloto queria fazer um "pouso mais suave". As informações são dos portais Terra, Metrópoles e O Globo.
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