Quem era TH, chefe do tráfico morto durante operação policial no Rio de Janeiro
Criminoso era acusado de envolvimento em uma série de crimes
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Um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, Thiago da Silva Folly, o TH, foi morto na madrugada desta terça-feira (13) durante uma operação da Polícia Militar no Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense.
Apontado como chefe do TCP (Terceiro Comando Puro), TH acumulava uma extensa ficha criminal e era acusado de envolvimento em uma série de crimes, entre eles a morte de dois sargentos do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) em 2023.
Segundo a PM, ele foi localizado em um imóvel na comunidade do Timbau, onde se escondia em uma espécie de bunker (abrigo subterrâneo blindado). Os agentes foram recebidos a tiros pelos seguranças do traficante e houve intenso confronto. TH foi encontrado morto com uma pistola ao lado. Dois homens que faziam a segurança do traficante também foram baleados e morreram no hospital.
O tiroteio provocou sete interdições na Linha Amarela e bloqueios temporários também na Linha Vermelha e na avenida Brasil, as três principais vias expressas da cidade. De acordo com a Lamsa, concessionária responsável pela Linha Amarela, ainda havia interdições intermitentes ao longo da manhã por causa da operação.
Segundo a PM, traficantes atearam fogo a barricadas nos acessos ao complexo para tentar impedir o avanço dos policiais. Moradores relataram tiros nas comunidades Vila do João, Pinheiros, Baixa do Sapateiro e Timbau, a partir das 3h.
A ação mobilizou o Bope e contou com apoio da Subsecretaria de Inteligência após oito meses de monitoramento.
Segundo a Polícia Militar, a operação segue para o cumprimento de mandados de prisão e para garantir a fluidez do trânsito nas vias próximas ao Complexo da Maré.
O tiroteio impactou a rotina da cidade. O Rio Ônibus informou que 70 linhas que passam pela avenida Brasil e pela Linha Amarela foram desviadas.
A Secretaria Municipal de Educação suspendeu as aulas em 43 escolas da região, e a rede estadual também paralisou atividades em duas unidades.
Já a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) determinou que não haja aplicação de provas e avaliações e não sejam cobradas presenças dos estudantes e servidores em todas as unidades nesta terça.
Ainda durante a madrugada, o Corpo de Bombeiros socorreu dois homens baleados, identificados como Diogo Santos, 27, e Valfrido Rodrigues, 41, em ocorrência separada do confronto com a PM. Segundo a polícia, eles são moradores em situação de rua e teriam sido vítimas de um ataque a tiros por ocupantes de um carro. Um deles já recebeu alta, e o outro passou por cirurgia e está estável.
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