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Brasil

Policial que ficou internado por 6 dias no DF acusa colegas de tortura

Foram cumpridos 13 mandados de prisão temporária e apreensão de celulares dos militares envolvidos


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Um policial militar diz ter sido torturado por colegas dentro do Batalhão de Choque da corporação em Brasília.

Soldado Danilo Martins ficou internado por seis dias. Ele diz ter sido agredido por oito horas dentro das instalações da PMDF para que desistisse de um curso de formação.

Martins teve insuficiência renal, rabdomiólise, ruptura muscular e no menisco, hérnia de disco e lesões lombar e cerebral. "Eles colocaram gás nos meus olhos, pediram para eu correr ao redor do batalhão cantando uma música vexatória para mim e para a minha família. Me colocaram para fazer flexão de punho cerrado no asfalto, me colocaram em cima das britas e começaram com as pauladas e chutes no estômago", contou ele à reportagem.

Coordenador da formação seria um dos responsáveis pela agressão, acusou o soldado, que assinou o termo de desistência do curso.

A PMDF disse que apura o caso, e que o coordenador do curso pediu desligamento. Em nota enviada à reportagem, a corporação disse que o soldado saiu do Batalhão naquele dia dizendo que estava bem.

MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) também investiga suposta tortura contra soldado. Foram cumpridos, a pedido do órgão, 13 mandados de prisão temporária, apreensão de celulares dos militares supostamente envolvidos e suspensão do curso até o encerramento das investigações.

Também foram determinados o afastamento do comandante do BPChoque até o encerramento das apurações e o acesso ao prontuário médico da suposta vítima para elaboração do laudo de exame de corpo de delito.

"A 3ª Promotoria de Justiça Militar e a Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal deflagraram, nesta segunda-feira, 29 de abril, operação para apurar suposta tortura contra um soldado durante o curso de Patrulhamento Tático Móvel do Batalhão de Choque (BPChoque). Segundo a vítima, ela foi forçada a desistir do curso de formação. Com a recusa da desistência, foi agredida, humilhada e torturada durante oito horas", informa trecho do comunicado do MPDFT.

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