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Brasil

Polícia pede exumação do corpo de empresário morto após anestesia para tatuagem

Ricardo Godoi morreu na segunda-feira, em Santa Catarina, após uma sedação para realizar uma tatuagem nas costas


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Imagem ilustrativa da imagem Polícia pede exumação do corpo de empresário morto após anestesia para tatuagem
|  Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Civil de Santa Catarina pediu à Justiça que o corpo de Ricardo Godoi, empresário morto após uma anestesia geral para tatuagem, seja exumado.

O corpo de Ricardo foi enterrado nesta terça-feira (21) sem passar por exame cadavérico. O empresário e influenciador morreu na segunda (20) após uma sedação em Itapema (SC) para realizar uma tatuagem nas costas.

Boletim de ocorrência não havia sido registrado. Segundo o delegado Aden Claus, a perícia não pôde ser feita porque nenhum familiar ou autoridade médica acionou os policiais. Polícia Civil teve conhecimento do caso por meio da repercussão nas redes sociais.

Investigação pede exumação para esclarecer a causa da morte e apurar possível homicídio culposo. Ainda de acordo com o delegado, na certidão de óbito, o hospital informou que a morte teria sido uma parada cardíaca em decorrência do uso de anabolizantes. À polícia, esposa de Ricardo informou que a vítima não usava a substância há pelo menos cinco meses.

Claus diz que informações ainda são ''contraditórias''.''Já conversamos com o tatuador, e solicitamos ao hospital todo prontuário médico, os exames que foram realizados, os nomes de toda equipe técnica que participou desse procedimento e iremos ouvi-los ao longo da semana'', explicou.

Ricardo, de 46 anos, iria fazer uma tatuagem nas costas. Na parte da manhã, o empresário publicou nas redes sociais que passaria por um procedimento cirúrgico que terminaria às 16h, mas morreu por volta das 12h.

A anestesia geral ocorreu no Hospital Dia Revitalite. Na sequência, a tatuagem começaria a ser feita na mesma clínica por uma equipe de três tatuadores. O UOL tenta contato com a unidade de saúde, o espaço segue aberto para manifestação.

Ricardo, no entanto, teria tido um problema cardiorrespiratório logo após a sedação. Segundo relatou o tatuador, que preferiu não ser identificado, um cardiologista foi chamado durante as complicações e tentou reanimar o paciente, mas ele não sobreviveu.

Familiares teriam ficado sem explicação sobre a causa da morte do empresário. ''A história está muito mal contada e estão tentando esconder o que realmente aconteceu nesse procedimento. O anestesista não deu nenhuma satisfação'', relata Ricardo Portes, amigo da vítima. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso.

O QUE DIZ A DEFESA DO TATUADOR

Ao UOL, defesa do tatuador afirmou que exames de sangue foram feitos e aprovados previamente. ''Contratamos um hospital particular com toda equipe, equipamentos e drogas anestésicas necessárias para a segurança do procedimento. Contratamos também um médico com especialização em anestesiologia e experiência em intubação, que teve sua documentação aprovada pelo hospital'', afirmou.

Segundo ele, Ricardo assinou o termo de consentimento de risco. Ele ainda explicou que o procedimento, que é regulamentado pelo CRM (Conselho Regional de Medicina), é feito quando o cliente prefere não sentir dor e quer fazer a tatuagem em uma única sessão.

"O studio de tatuagem lamenta profundamente o falecimento do Ricardo, que além de cliente era um grande amigo do proprietário do Studio", disse a defesa em nota.

QUEM ERA O EMPRESÁRIO?

Ricardo era vendedor e comprador de veículos de luxo. Além disso, ele era casado e deixa quatro filhos. O velório da vítima teve início às 11h desta terça e o sepultamento deve ocorrer por volta das 17h, conforme informações divulgadas pela família.

Nas redes sociais, a vítima tinha mais de 200 mil seguidores. Ele costumava publicar fotos de carros exóticos que importava para o Brasil para vender. ''Meu objetivo é trazer os carros mais exclusivos do mundo inteiro. Quero emocionar os apaixonados por automóveis, apresentar modelos que nunca foram vistos em solo nacional'', dizia.

"Amava o que fazia, um exemplo de um profissional acima da média, alguém que veio de lá de baixo e alcançou um nível alto não só na vida profissional mas também como marido, pai, filho, e amigo", disse Ricardo Portes.

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