Mulher espancada por Igor Cabral tem alta após passar por cirurgia de reconstrução facial
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A mulher de 35 anos espancada com mais de 60 socos pelo ex-jogador de basquete Igor Cabral no dia 26 de junho recebeu alta do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL/Ebserh), em Natal, no Rio Grande do Norte, no início da noite desta segunda-feira, 4 de agosto, após ser submetida a uma cirurgia de reconstrução facial.
De acordo com o hospital, agora ela deve seguir as recomendações repassadas pela equipe multidisciplinar e seu retorno para a próxima avaliação pós-cirúrgica está prevista ainda para este mês.
Cabral foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio. Ele alega que teve um “surto claustrofóbico”, mas não apresentou laudos. Ele está preso de maneira preventiva e a defesa diz que Cabral está à disposição das autoridades.
Segundo relato da vítima, Cabral ficou com ciúmes, jogou o celular dela na piscina e subiu para o apartamento para pegar os seus pertences. Ela subiu atrás, em outro elevador. Quando os dois se encontraram no mesmo andar, a discussão continuou.
Com medo de ser agredida, ela permaneceu no elevador porque não há câmeras no corredor. “Ele disse ‘então você vai morrer’ e começou a me bater”, relata. Durante a discussão, o agressor avançou sobre a vítima e a socou no rosto por mais de 60 vezes.
Ela teve quatro ossos da face quebrados, não conseguindo mais mastigar, e precisou passar por uma cirurgia de reconstrução facial na sexta-feira, 1º. Segundo o cirurgião bucomaxilofacial e responsável pela operação, a quantidade de agressões sofridas pela vítima gerou fraturas pequenas que dificultaram o processo cirúrgico, considerado complexo. A estimativa inicial era de um procedimento em cinco horas, mas a cirurgia durou sete horas.
Cabral foi transferido para uma unidade prisional do Sistema Penal do Rio Grande do Norte. Ele está preso preventivamente e saiu do Centro de Recebimento e Triagem (CRT), em Parnamirim, espécie de porta de entrada do sistema penitenciário, para a Cadeia Pública Dinorá Sinas, em Ceará-Mirim, na Grande Natal.
A defesa do agressor havia pedido à Justiça o isolamento do detento no presídio alegando risco à “vida e a integridade física” do acusado, alegando ameaças de uma facção criminosa local e pediu “isolamento para preservar sua vida e integridade física” por causa da grande repercussão do caso.
Cabral denunciou ter sido agredido por policiais na penitenciária. A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) do Rio Grande do Norte afirmou que vai investigar a denúncia.
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