X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

Mais de mil cidades do Brasil enfrentam seca severa ou extrema

Em 2023, a região Norte foi a que mais sofreu com a seca. Neste ano, os locais que têm registrado maiores secas são o norte de São Paulo e a região do


Imagem ilustrativa da imagem Mais de mil cidades do Brasil enfrentam seca severa ou extrema
Dados do monitoramento do território brasileiro mostram que, em junho, o fenômeno atingiu 1.024 cidades |  Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Ao menos 20% do território brasileiro sofre com seca severa ou extrema, apontam os dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).

Dados do monitoramento do território brasileiro mostram que, em junho, o fenômeno atingiu 1.024 cidades --sendo que 106 foram classificados com seca extrema e 918 com seca severa. A situação é de piora em comparação com maio.

Marcelo Zeri, pesquisador do órgão, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, afirma que o índice integrado de seca leva em conta o acumulado de chuva comparado com a média, a umidade do solo e a saúde da vegetação.

Ele avalia que o Brasil já enfrenta secas desde o ano passado, quando o país passou pelo El Niño, que atingiu principalmente a região Norte e Centro-Oeste -o fenômeno não costuma ter impactos no Sudeste, mas causa um bloqueio atmosférico que impede que as chuvas cheguem a essa região.

Zeri cita que, enquanto o Sul enfrentou fortes chuvas, o Sudeste apresentava clima bom com chuva abaixo da média. Desde janeiro, diz o pesquisador, o país enfrenta um volume de chuva baixa -mesmo no período de seca, quando é esperada chuva baixa, o volume está ainda mais baixo do que o normal.

Após El Niño, é esperada uma seca. Mas, no começo deste ano, a época chuvosa foi curta. "Não teve tempo de recuperação após a estiagem do ano passado", diz o pesquisador.

Em 2023, a região Norte foi a que mais sofreu com a seca. Neste ano, os locais que têm registrado maiores secas são o norte de São Paulo e a região do pantanal. "Só foi poupado o Nordeste e o Sul do Brasil, mas todo o Sudeste, Centro-Oeste e Norte sofrem com a seca", diz Zeri.

O SGB (Serviço Geológico do Brasil) observa a seca por meio do nível das bacias hidrográficas. Marcus Suassuna, engenheiro hidrólogo do SGB, afirma que as bacias do rio Paraguai e Amazonas, ainda enfrentam consequências da seca do ano passado.

A bacia do rio Amazonas registrou, em 2023, a pior seca da história. Já a bacia do rio Paragui não registrou uma seca tão severa, mas sofreu com o atraso do período de chuvas.

"Esses podem ter sido os pontos de partida para todas as secas hidrológicas que observamos neste ano. Além da herança do ano passado, a estação chuvosa foi aquém da esperada", diz Suassuna, que também cita que as temperaturas acima da normalidade também colaboram para a transpiração. "Além da pouca oferta de água, o que temos está se perdendo em uma velocidade acima do normal."

O Cemaden também prevê que os dados de julho mostrem uma piora na seca --o cenário só será analisado após o fim do mês. Segundo as projeções, no interior de São Paulo, a seca severa deve se agravar e atingir 65% do estado. Além disso, regiões entre o sul de Goiás, São Paulo e sudoeste de Minas Gerais também podem apresentar um aumento no número de municípios classificados com seca severa.

O órgão alerta que a situação demanda atenção e medidas preventivas para mitigar os impactos socioeconômicos e ambientais.

Na bacia do rio Paraná, a situação de seca deverá permanecer crítica ao longo do mês de julho, com condições de seca que varia de moderada a extrema em algumas áreas. A situação também mantém a região em estado de alerta, com a necessidade de elaboração de ações estratégicas para minimizar os impactos, como o risco de fogo.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estabelece que índices inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana. Além do ressecamento das vias aéreas, a poluição acaba piorando as doenças respiratórias.

Todos podem sofrer os efeitos do tempo seco, especialmente os idosos. Por isso, a indicação é de as pessoas abusarem da hidratação e evitarem ficar expostos diretamente ao sol entre 11h e 16h.

O tempo seco deve continuar. De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da cidade de São Paulo, o tempo segue seco e ensolarado nos próximos com temperaturas baixas e formação de neblina durante a madrugada.

Segundo o CGE, as condições dificultam a dispersão de poluentes, além de favorecer a formação de queimadas, o que prejudica a qualidade do ar. Nesta quinta-feira, a previsão é de predomínio de sol e temperaturas em elevação, com neblina nas primeiras horas do dia.

A temperatura deve variar entre 12°C e 27°C, enquanto os índices de umidade podem atingir valores críticos valores abaixo do 30% no período da tarde.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: