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Brasil

Mãe e padrasto do menino Joaquim começam a ser julgados em SP

Julgamento ocorre quase dez anos após o menino ter sido assassinado, em 5 de novembro de 2013


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Imagem ilustrativa da imagem Mãe e padrasto do menino Joaquim começam a ser julgados em SP
Ministério Público acusa o então padrasto de Joaquim de ter aplicado uma alta dose de insulina no menino, que era diabético |  Foto: Reprodução/SBT

A mãe e o padrasto do menino Joaquim Pontes Marques, morto em 2013, vão a júri popular a partir desta segunda (16). Eles são acusados pelo assassinato da criança de 3 anos.

Natália Ponte e Guilherme Longo serão julgados na cidade em que ocorreu o crime, Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

O julgamento ocorre quase dez anos após o menino ter sido assassinado, em 5 de novembro de 2013.

O Ministério Público acusa Longo, então padrasto de Joaquim, de ter aplicado uma alta dose de insulina no menino, que era diabético. Após a morte, o padrasto teria jogado o corpo da criança em um córrego, segundo a acusação.

Longo é acusado de homicídio triplamente qualificado -motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Já Natália é acusada de omissão. Para o Ministério Público, ela tinha capacidade de afastar a criança do convívio com o companheiro.

RELEMBRE O CASO

Natália é psicóloga e trabalhava em uma clínica de reabilitação em Ipuã, na região de Ribeirão Preto, onde conheceu Longo, que estava internado no local para tratamento. Eles começaram a se relacionar e foram morar juntos no início de 2013, quando Natália engravidou pela segunda vez. Joaquim tinha três anos de idade.

Segundo o Ministério Público, Longo voltou a usar drogas logo após o nascimento do filho do casal. Na mesma época, Joaquim foi diagnosticado com diabetes, e Longo teria começado a demonstrar um comportamento agressivo por ciúmes de Natália. Ainda segundo a acusação, ele reclamava dos cuidados que ela tinha com o filho e do contato que mantinha com o ex-marido, pai de Joaquim.

Em 5 de novembro de 2013, a família procurou a polícia para comunicar o desaparecimento de Joaquim. Na ocasião o casal alegou que acordou e não encontrou o menino em casa. Cinco dias depois, o corpo da criança foi encontrado no rio Pardo, em Barretos, cidade próxima a Ribeirão.

A investigação da Polícia Civil apontou que, na noite do dia 4 de novembro, Joaquim estava no quarto com a mãe, o padrasto e o irmão recém-nascido. O menino estava assistindo a desenhos no celular, quando Natália dormiu com o bebê.

Longo teria se irritado com Joaquim após o menino começar a chorar quando tirou o celular de suas mãos. O homem então teria levado a criança para o quarto ao lado, onde, segundo a polícia, teria injetado uma superdosagem de insulina no menino.

A acusação diz que, ao perceber que o menino estava morto, Longo teria saído de casa e jogado o corpo da criança no córrego Tanquinho, localizado a cerca de 200 metros da casa da família -de lá o corpo teria sido levado até o ribeirão Preto, afluente do rio Pardo.

A mãe e o padrasto alegam que Longo sofria com o vício em drogas e que Joaquim teria sumido de casa naquela madrugada, quando o homem saiu para comprar cocaína.

Natália foi denunciada por suposta omissão e chegou a ser presa. Depois foi liberada e desde então responde em liberdade. Segundo a acusação, ela sabia do comportamento agressivo do então companheiro e chegou a dizer que foi ameaçada de morte por Longo.

Longo, por sua vez, está preso na Penitenciária 2, em Tremembé (SP), desde 2018, quando foi extraditado pelo governo espanhol. Em 2016, em liberdade provisória após passar três anos preso preventivamente, ele fugiu para a Europa.

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