Jabuti desclassifica mais dois livros indicados em HQ por não serem inéditos
Prêmio já tinha desclassificado "Frankenstein" pelo uso ferramentas de inteligência artificial na composição das artes
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O Jabuti anunciou à Folha a desclassificação de mais duas obras semifinalistas do prêmio, desta vez na categoria de histórias em quadrinhos.
"A Infância do Brasil", de José Aguiar, publicado pela Nemo, "Indivisível", de Marília Marz na Conrad, saíram da disputa por desrespeitarem o critério de ineditismo, primeiro item das regras da premiação. Os títulos precisam ser publicados pela primeira vez entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2022.
No caso de "Infância do Brasil", a obra havia não apenas sido editada em 2017, pela editora Avec, como foi finalista do próprio Jabuti na mesma categoria, vencida naquele ano por "Angola Janga", de Marcelo D'Salete.
Já "Indivisível" foi desclassificada por ter saído em edição digital pela mesma editora Conrad em 2020. Há um conflito com as regras do prêmio, que considera obras em primeira edição "aquelas que nunca tenham sido publicadas no Brasil, em formato de livro, impresso ou digital, e que disponham de ISBN e ficha catalográfica emitidos no Brasil".
A curadoria do Jabuti já informou os autores da desclassificação e a relação de semifinalistas foi atualizada no site da premiação.
O episódio vem na esteira de "Frankenstein", obra retirada da disputa por ter usado ferramentas de inteligência artificial para compor suas artes. O livro do Clube de Literatura Clássica estava indicado na categoria de melhor ilustração.
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