Greve das universidades federais: como está a negociação do governo com os sindicatos?
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Professores de instituições federais de ensino decidiram manter a greve por aumento salarial e pedem reabertura das negociações com o governo federal, que nesta segunda-feira, 27, firmou acordo com sindicato que representa parte da categoria.
A proposta aceita pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) prevê reajuste em duas parcelas previstas para 2025 (9%) e 2026 (3,5%), sem aumento em 2024. Segundo o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), outras entidades terão mais prazo para assinar o acordo.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), porém, afirma que quase todas as assembleias com servidores decidiram rejeitar a proposta. A entidade diz que tem em suas bases 90% dos professores em universidades, institutos e centros de educação federais. Ao menos 59 instituições continuam em greve.
Para pressionar a reabertura da negociação, o Andes convocou ato em frente à sede do MGI, em Brasília, no dia 3 de junho. A entidade defendeu em contraproposta apresentada ao governo que os salários tenham reajuste de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026.
O sindicato também marcou nova rodada de assembleias entre os dias 5 e 7 de julho para avaliar os rumos da mobilização.
O Andes também questiona a legitimidade da Proifes para representar a categoria e diz que o acordo com o governo "afronta as decisões das bases", conforme declarou Gustavo Seferian, presidente da entidade.
O Proifes, por sua vez, diz que sindicatos federados que representam docentes de 11 universidades e institutos federais decidiram aderir à proposta, entre elas a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal de Santa Catarina e a Universidade Federal do Pará.
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