Fisioterapeuta que fez "dancinha" com bebê no bolso do jaleco é investigada
Polícia Civil abriu inquérito. O hospital também informou que o bebê está bem e que segue internado apenas para ganhar peso
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A Polícia Civil de Santa Catarina vai apurar o caso de uma fisioterapeuta que aparece em vídeo fazendo uma "dancinha" enquanto mantém um bebê dentro do bolso do próprio jaleco. As imagens, que recentemente circularam nas redes sociais e geraram indignação, foram registradas dentro de um hospital e maternidade em Itajaí, no litoral norte catarinense.
Procurado pela Folha de S.Paulo, o hospital diz que tomará medidas jurídicas contra a funcionária, cujo nome não foi divulgado. Ela já foi afastada do trabalho. O hospital também informou que o bebê está bem e que segue internado apenas para ganhar peso.
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"O bebê passou por exames médicos, está em ótimas condições e não apresentou qualquer dano decorrente dos atos pela fisioterapeuta que aparece no vídeo", diz o hospital, em nota.
A fisioterapeuta aparece no vídeo com o uniforme do hospital e usando luvas. Enquanto canta e dança, ela segura a cabeça do bebê, que está dentro do bolso. Também é possível ouvir risadas durante a gravação.
A Polícia Civil confirmou nesta quarta-feira (16) que um inquérito foi aberto para apurar o caso. A investigação ficará nas mãos da delegada Vivian de Andrade Matos, da Delegacia de Proteção à Criança ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Itajaí.
O Ministério Público de SC também abriu procedimento. O caso vai tramitar em sigilo na 4ª Promotoria de Justiça de Itajaí.
A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina declarou lamentar o episódio e disse que situações do tipo são inadmissíveis. A pasta afirmou, ainda, que vai acompanhar as investigações. O hospital não integra a rede do estado, mas tem parceria para atendimento pelo SUS.
O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 10ª Região (Crefito-10), que é a autarquia federal de fiscalização do exercício das duas profissões, divulgou uma nota de repúdio contra a "atitude inconsequente" da profissional.
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Também disse que membros do Crefito-10 já fizeram contato com o hospital para dar início às apurações. "Caso comprovado se tratar de profissional fisioterapeuta, ocorrerá a suspensão cautelar do exercício profissional até a conclusão do processo ético disciplinar competente", acrescentou o conselho.
Logo após o episódio, a direção geral do hospital divulgou uma nota manifestando "completa indignação e repúdio com a conduta inapropriada e desrespeitosa" da funcionária e que adotará "todas as medidas jurídicas" contra a fisioterapeuta, no âmbito administrativo, criminal e cível, com "o maior rigor possível".
Também acrescentou que vai apurar quem eram os colaboradores que filmaram ou participaram "dessa cena lastimável, sem defender a criança".
"Com 380 partos mensais em média, o hospital tem no respeito e na humanização ao recém-nascido e às parturientes sua premissa de trabalho há várias décadas. Este ato isolado não pode manchar a imagem de centenas de profissionais que atuam na unidade e zelam diariamente cuidando dos bebês", continua a nota.
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