Estado de São Paulo tem 571 mortes por dengue e 863 mil casos
Do total de casos, 53.025 são leves, 9.892 têm sinal de alarme e 1.022 são casos graves
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O estado de São Paulo chegou a 571 mortes por dengue em 2024, segundo dados do painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde desta quinta-feira (2). Outras 663 mortes estão em investigação.
O estado contabiliza ainda 863.939 casos confirmados, dos quais 853.025 são leves, 9.892 têm sinal de alarme e 1.022 são casos graves.
Alguns dos sinais de alarme são: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, queda de pressão arterial, aumento do tamanho do fígado, letargia ou irritabilidade, acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), aumento progressivo do hematócrito e hipotensão postural (tontura ao levantar).
A capital é o município com mais mortes por dengue (105). Dentre as cidades que mais registram óbitos, estão Jacareí (47), Guarulhos (35) e São José dos Campos (35). O número de mortes pela doença na cidade de São Paulo ultrapassa o número registrado nos últimos 17 anos. Desde o início da série história, em 2007, até 2023, a capital paulista registrou, no total, 71 óbitos por dengue, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Na série história da prefeitura de São Paulo, foram registrados mortes por dengue no município em: 2007 (3); 2011 (1); 2012 (2); 2013 (2); 2014 (14); 2015 (25); 2016 (8); 2019 (3); 2020 (1); 2022 (2); e 2023 (10).
Artigo recente publicado pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz analisa os óbitos por dengue e aponta ainda que a desassistência e a desatenção ao potencial agravamento que os pacientes podem apresentar são as principais razões associadas às mortes por dengue.
Segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde desta quinta, o país registra 4.176.810 casos prováveis e 2.073 mortes por dengue neste ano. Apesar dos recordes, de acordo com o Ministério da Saúde, há uma tendência de queda dos casos de dengue.
No Brasil, 21 estados e o Distrito Federal estão em tendência de queda ou estabilidade na incidência de dengue. Outras cinco unidades federativas ainda apresentam alta da doença, apontam dados atualizados na terça-feira (30) pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, em entrevista a jornalistas.
Ceará, Mato Grosso, Pará, Sergipe e Tocantins são os estados que ainda têm uma tendência de aumento de casos da doença. Segundo a secretária, os locais com tendência de aumento são os quais, historicamente, o aumento de casos de dengue é mais tardio ao longo do ano. É o caso dos estados do Nordeste. Sobre os demais, deve ser feita uma análise mais minuciosa do que está acontecendo, disse.
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