É preciso investir no agro para reduzir pobreza, diz, no G20, representante da ONU
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O presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da Organização das Nações Unidas (ONU), Álvaro Lario, disse nesta quarta-feira, 24, que, para reduzir a pobreza, é preciso investir em agricultura, focando pequenos produtores e garantindo financiamento à atividade desse segmento.
"Precisamos assegurar que recursos cheguem mais longe", afirmou Lario em evento que marcou o lançamento do relatório O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo (SOFI), realizado em paralelo às reuniões ministeriais do G20, no Galpão da Cidadania, na Gamboa, zona portuária do Rio.
O evento precede o pré-lançamento, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, plataforma global para ligar regiões com necessidade de financiamento a países e entidades dispostos a investir em projetos locais.
O relatório aponta que o caminho mais rápido para sair da fome e da pobreza é por meio de investimentos em agricultura em áreas rurais e pede financiamentos maiores e mais rentáveis, com uma definição clara e padronizada de financiamento para a segurança alimentar e a nutrição.
"Está comprovado que o caminho mais rápido para sair da fome e da pobreza é por meio de investimentos em agricultura em áreas rurais. Mas o panorama global e financeiro tornou-se muito mais complexo desde que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram adotados em 2015", disse Lario.
"Devemos introduzir nos sistemas novos fundos provenientes do setor privado e recuperar o apetite da era da pandemia por uma reforma financeira global ambiciosa que garanta financiamento mais barato para os países que mais precisam."
Conforme o estudo, o panorama global e financeiro tornou-se muito mais complexo desde que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram adotados, em 2015. Assim,o relatório destaca que o iminente déficit de financiamento exige soluções inovadoras e equitativas, particularmente para países que enfrentam altos níveis de fome e desnutrição, exacerbados pelos impactos climáticos.
Os países que mais precisam de maior financiamento enfrentam desafios significativos. Entre as 119 nações de baixa e média renda analisadas, cerca de 63% têm acesso limitado ou moderado ao financiamento. Além disso, a maioria desses países (74%) é afetada por um ou mais fatores importantes que contribuem para a insegurança alimentar e a má nutrição.
"Esforços coordenados para harmonizar dados, aumentar a tolerância ao risco e melhorar a transparência são vitais para superar essa lacuna e fortalecer os arcabouços globais de segurança alimentar e nutricional", diz o documento.
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