Drones com bomba, fuzis, helicópteros e blindados: o arsenal da guerra entre a polícia e o CV no Rio
Ao menos 60 suspeitos e 4 policiais morreram nesta terça-feira, 28, durante uma megaoperação no Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho (CV). A operação foi a mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro.
Esta megaoperação envolveu um verdadeiro aparato de guerra:
- cerca de 2,5 mil policiais;
- drones (os bandidos chegaram a lançar bombas por meio desses equipamentos);
- pelo menos 31 fuzis apreendidos
- dois helicópteros;
- 32 blindados terrestres usados pelas forças de segurança;
- 12 veículos de demolição do Núcleo de Apoio às Operações Especiais da PM;
- ambulâncias para resgate
Policiais militares do Comando de Operações Especiais e das unidades operacionais da PM da capital e região metropolitana participam das ações.
Já a Polícia Civil mobilizou agentes de todas as delegacias especializadas, distritais, da Core, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência.
Reação do CV
O Comando Vermelho reagiu à operação e lançou bombas por meio de drones, o que transformou a região em um cenário de guerra, com reflexos em importantes vias da cidade, como a Avenida Brasil e a Linha Amarela.
No Alemão e na Penha, pelo menos 87 escolas tiveram as atividades afetadas - 48 nem chegaram a abril. O total de alunos impactados foi de 29 mil.
À tarde, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que ao menos 31 fuzis foram apreendidos na operação.
APREENSÃO DE ARMAS
— Governo do RJ (@GovRJ) October 28, 2025
10 fuzis foram apreendidos durante Operação Contenção nos Complexos da Penha e do Alemão. Até o momento, 23 criminosos foram presos. pic.twitter.com/CPzjfw40Tl
A ação, que repete cenas de guerras como a da Ucrânia e na Faixa de Gaza, expõe o poder crescente do crime organizado no País e as dificuldades do poder público de reprimir o narcotráfico, com efeitos violentos para os moradores das comunidades pobres.
“São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem. Casas construídas de forma irregular, becos que é impossível fazer o patrulhamento”, disse Victor Santos, secretário da Segurança Pública do Rio.
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