Dia 20 de novembro é feriado? Entenda o significado da data
Na quinta-feira, dia 20 de novembro, é celebrado o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, decretado feriado nacional desde 2023. A data homenageia Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do período colonial brasileiro, e relembra a luta da população negra contra a escravização e o racismo.
Este será o segundo ano em que o 20 de novembro é considerado feriado em todo o País. Antes da lei sancionada no fim de 2023, a folga dependia de normas estaduais ou municipais (apenas seis Estados e cerca de 1,2 mil cidades reconheciam a data oficialmente). Agora, todos os 26 Estados, os 5.570 municípios e o Distrito Federal integram o Dia da Consciência Negra ao calendário nacional.
Mesmo sendo feriado, nem todos os trabalhadores ficam automaticamente dispensados. A legislação permite o funcionamento de serviços considerados essenciais, e quem for escalado para atuar na data tem direitos garantidos: remuneração em dobro ou a concessão de uma folga compensatória.
Como o feriado é em uma quinta-feira, muitos trabalhadores poderão “emendar” com o fim de semana, resultando em quatro dias seguidos de descanso. Porém, a sexta-feira, 21, continua sendo um dia útil, e a liberação do trabalho depende de regras internas de empresas privadas ou de decisões dos governos para servidores públicos.
Os próximos feriados nacionais serão o Natal, em 25 de dezembro, também uma quinta-feira, e o Ano Novo, cuja véspera (31) é ponto facultativo a partir das 13h.
O que se comemora dia 20 de novembro?
A escolha da data tem relação direta com o assassinato de Zumbi, em 20 de novembro de 1695. À frente do Quilombo dos Palmares, então capitania de Pernambuco e hoje município de União dos Palmares, em Alagoas.
Quilombos eram comunidades formadas principalmente por pessoas escravizadas que tinham conseguido fugir das propriedades. O governo e os proprietários de pessoas escravizadas combatiam essas comunidades para tentar capturar os fugitivos.
Em 1694, o Quilombo dos Palmares foi atacado e destruído pelo grupo do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho. A maioria dos moradores foi capturada e escravizada, mas Zumbi sobreviveu e conseguiu fugir.
No ano seguinte, ele foi delatado por um de seus capitães, Antônio Soares, e morto pelo capitão Furtado de Mendonça, que recebeu prêmio de 50 mil réis.
A cabeça de Zumbi foi cortada, salgada e levada ao governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro. Ele determinou que a cabeça fosse exposta em praça pública no Recife, para acabar com o mito da imortalidade de Zumbi.
Ao sancionar a lei que tornou o feriado nacional, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou o simbolismo do marco. Segundo ela, celebrar a consciência negra é reconhecer a história, a identidade e a diversidade de um país formado majoritariamente por pessoas negras.
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