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Brasil

Delegado diz que suspeito confessou ter matado a adolescente Vitória

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (18), o delegado Luiz Carlos do Carmo disse que "ele era obcecado pela vítima"


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Imagem ilustrativa da imagem Delegado diz que suspeito confessou ter matado a adolescente Vitória
Delegado diz que suspeito confessou ter matado a adolescente Vitória |  Foto: - Reprodução/Redes Sociais

Maicol Antonio Sales dos Santos, 23, único suspeito preso no caso da morte de Vitória Regina de Sousa, 17, confessou ter matado a adolescente, segundo o diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo).

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (18), o delegado Luiz Carlos do Carmo disse que "ele era obcecado pela vítima" e chamou o suspeito, que trabalhava como operador de empilhadeira, de "stalker".

Ainda segundo Carmo, a confissão ocorreu na noite desta segunda-feira (17), na presença de um advogado que não era o de Maicol. De acordo com o delegado, os defensores de Maicol deixaram o local antes da confissão, pois eles queriam que o suspeito ficasse calado.

"Eles [advogados] podem abandonar a causa, mas não podem forçar a não confissão do acusado", disse o delegado Fábio Lopes Cenachi, responsável pela investigação, sobre a confissão.

O advogado de Maicol, Arthur Perin Novaes, disse desconhecer qualquer confissão para os policiais. Ele também afirmou não ter sido comunicado. "Ainda estranha essa suposta confissão ter ocorrido sem a presença dos advogados constituídos e em plena madrugada, o que é vedado em lei."

Vitória teria sido morta dentro do carro de Maicol, ainda segundo a polícia. Manchas de sangue foram encontradas dentro do porta-malas de um Toyota Corolla que pertencia ao suspeito. O suspeito teria confessado ter colocado a adolescente no compartimento.

Uma faca com uma lâmina de 3 centímetros foi usada no assassinato, ainda de acordo com a investigação. O objeto, porém, não foi encontrado.

Para a polícia, Maicol agiu sozinho. Os investigadores disseram ter ouvido do suspeito que ele era apaixonado por Vitória. Fotos dela foram encontradas no celular dele, que também armazenava no aparelho imagens de outras jovens com características semelhantes à dela.

Ainda segundo a Polícia Civil, a extração de dados do celular de Maicol indicou que ele monitorava Vitória desde o ano passado.

Durante a coletiva, Carmo explicou que a apuração identificou a compra de um capuz no estilo balaclava por Maicol, que teria sido usado por ele no momento do crime. Outro indício foi a presença de uma pá e de uma enxada próximas ao corpo da adolescente que pertencem ao padrasto do suspeito.

O padrasto relatou que as ferramentas haviam sumido há cerca de 15 dias e que, antes do crime, achava que elas tinham sido roubadas por um funcionário. A investigação encontrou material genético na pá e na enxada e aguarda os resultados para ter certeza se foram usados no crime.

De acordo com a investigação, o suspeito sabia que Vitória estava na região em que ela pegava o ônibus por causa de uma postagem da adolescente em rede social.

Após encontrar com ela, o suspeito teria oferecido carona. Vitória aceitou e, dentro do carro, foi esfaqueada. Os investigadores apontam que o carro foi bem lavado para apagar possíveis resquícios do crime.

Maicol também realizou uma limpeza na casa em que morava, apesar de a adolescente não ter ido até o local, conforme a investigação.

Anteriormente, a polícia havia pedido a prisão de três suspeitos, mas a Justiça só autorizou a de Maicol.

Outras provas apontam para a suspeita sobre Maicol. A mulher dele desmentiu que ele tivesse dormido com ela na noite em que Vitória foi raptada. A localização do celular do suspeito também aponta que ele esteve perto de Vitória.

Os agentes também afirmaram que gritos e movimentações estranhas foram ouvidas na casa do suspeito. Testemunhas teriam sido ameaçadas por ele durante a investigação da polícia, afirmou Carmo na semana passada.

A adolescente morreu em razão de facadas no tórax, pescoço e rosto, segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal) a que a reportagem teve acesso. Não há sinais de abuso sexual. O documento está sob sigilo.

Além de não ter marcas de violência sexual, os exames necroscópicos não identificaram consumo de entorpecentes. Os exames deram positivo para álcool etílico no organismo. No entanto, de acordo com o laudo, "a dosagem alcoólica pode indicar um processo de fermentação característico da putrefação, no qual ocorre formação de álcool etílico semelhante ao presente em bebidas alcoólicas".

Em razão da presença do álcool, a polícia investiga se ela pode ter sido dopada antes do crime.

Vitória foi morta em Cajamar, na Grande São Paulo. Ela desapareceu em 26 de fevereiro, após sair do trabalho, em um shopping da cidade.

O corpo foi encontrado no último dia 5. Ela estava sem roupas -apenas com um sutiã na altura do pescoço-, com o cabelo raspado e degolada.

As mãos estavam amarradas e apresentam indícios de que foram envolvidas em algum material plástico, a fim de evitar que material genético dos envolvidos no crime ficasse sob as unhas da jovem.

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